Review – Bleeding Edge

É divertido passar umas horinhas jogando

Do estúdio que nos trouxe DmC: Devil May Cry e Hellblade: Senua’s Sacrifice, é a vez de Bleeding Edge, um team brawler em terceira pessoa 4v4 rápido e frenético em que cada lutador vem mecanicamente reforçado para o caos em busca de vitória. Escolha seu personagem e congele os inimigos no tempo, controle mentes, monte em mísseis e lance solos eletrizantes de guitarra no meio do campo de batalha.

Bleeding Edge traz um jogo ligeiro e bem simples de aprender e sair jogando. Diferente de muitos outros jogos muitplayer baseado em times, esse foca no combate corpo-a-corpo, mesmo tendo personagens com ataques a distância, acaba sendo curto. Com dois modos de jogos, os jogadores devem trabalhar juntos para cumprir e conquistar a vitória. Um dos modos é o clássico controle de ponto e outro é de adquirir tanques de energia e entregar em pontos específicos de tempo em tempo. Enquanto os objetivos acontecem, a porradaria come solta que também contam como pontos a cada morte.

Apesar de divertido e com partidas rápidas, Bleeding Edge peca no pouco conteúdo pós lançamento. Com somente dois modos, 11 personagens e cinco mapas, com poucas horas de jogatina já se torna um jogo batido, pode até agradar um pouco mais caso jogado com amigos e um time fechado, mas muitas vezes ao jogar sozinho será necessário pegar algum personagem de alguma função que esteja faltando, seja suporte ou tank.

Chega a ser interessante que o progresso não afeta tanto o desbalanceamento do jogo, como muitos multiplayers causam as vezes. Quanto mais jogado com o personagem, seu nível com ele aumenta e “mods” são liberados para customizá-lo. Todos funcionam como efeitos passivos, seja aumento na porcentagem do dano, porcentagem de cura ou até mesmo velocidade de ataque. Coisas simples que auxiliam bastante nas partidas e não deixam o jogo desequilibrado.

Para skins e cosméticos de personagens, obtê-los se torna aleatório ao avançar de nível na conta, o jogo não depende de loot box para nada. Seu visual cartunesco é agradável e facilita na hora de entender o que está acontecendo durante a bagunça no meio de tanta gente e habilidades. Sua trilha sonora se torna algo genérico e serve somente como som ambiente, nada que ganhe certo destaque.

Bleeding Edge é um jogo divertido, porém se torna enjoativo muito rápido por ter pouco conteúdo desde seus testes Beta. Entre suas fases de testes e lançamento, o jogo não mostrou diferença ou evolução alguma de seu gameplay ou modos, passando a ideia de que ainda faltavam coisas a serem feitas antes de disponibilizarem. Sua vantagem acaba sendo para os assinantes do Game Pass poderem jogar sem custo adicional e por ter a função Xbox Play Anywhere, podendo jogar com pessoas no console e PC simultaneamente.

NOTA: 6/10 vezes que consegui jogar com um personagem que queria

Bleeding Edge já está disponível no Gamepass, para PC Steam e Microsoft Store e Xbox One.