Review – Steel Assault

Steel Assault conquista fãs de plataforma 2D, mas peca muito por ser curto

Os jogos do gênero de ação plataforma 2D, como Megaman e Metal Slug, são exemplos que deixaram lembranças nostálgicas, além de ser um gênero no qual, normalmente, estúdios indies flertam ao lançarem seus novos títulos. Sempre visando implementar mecânicas novas e inovadoras para se destacarem; e isso é algo que a Tribute Games (Panzer Paladin) tem realizado com seus últimos títulos, especialmente com Steel Assault um plataforma 2D com estilo retrô 16 bits.

Em Steel Assault, você controla Taro Takahashi, um soldado da resistência que tem a missão de vingar-se contra um ditador que governa sobre às cinzas de tudo que restou de um Estados Unidos pós-catástrofe. Seu dever é enfrentar todas as tropas e subordinados desse temível vilão e dar um fim a tudo.

Fórmula clássica

Steel Assault mantém a fórmula clássica de um jogo plataforma 2D, muito semelhante a Contra e Megaman. Uma história simples com um vilão e seu regime bruto ou planos de dominar o mundo, junto de seus subordinados que tentam impedir o herói a todo custo, nada muito além disso.

O level design é interessante ao considerar a mecânica de atirar uma corda para ficar pendurado e até mesmo subir, basta ter uma superfície viável para prender as duas pontas e você ficará pendurado para alcançar plataformas ou até mesmo desviar de golpes do inimigo.

Diferente de muitos exemplos citados acima, o protagonista de Steel Assault utiliza uma arma corpo a corpo de médio alcance, algo semelhante ao personagem Zero da série Megaman X. Isso pode complicar um pouco, porém, é possível destruir projeteis mais simples de inimigos e chefes.

Analise e reaja rapidamente

Essa nova mecânica trazida por Steel Assault é muito bem aplicada, uma vez que os chefes no final de cada fase exigem a utilização dessa corda para evitar danos. Achei muito interessante que o jogo te da liberdade em escolher qualquer ângulo para lançar e prender a corda, seja ela na horizontal, vertical e até mesmo diagonal.

O mesmo se aplica ao chicote, única arma utilizada no jogo todo, porém, assim como na série Contra, você encontra “Power Ups” diversos que auxiliam ao longo das fases, seja um escudo, mais dano, entre outros.

O chefe final exige que você esteja afiado em todas as mecânicas aplicadas até agora, pois essa é a batalha mais exigente entre todos os outros inimigos e chefes enfrentados até então.

Excelente, porém curto demais

Steel Assault é um título que resgata essa nostalgia, mas rapidamente tira de nós por ser muito curto. Se não me engano, terminei o jogo pela primeira vez em torno de duas horas. Porém, devo dizer que isso é devido ao modo considerado mais fácil do jogo, na qual a sua vida enche a cada mudança de tela ao longo das fases, além de vidas infinitas e checkpoints.

Já no modo “Arcade”, o jogo exige mais do jogador e torna essa vida mais valiosa, pois, ao morrer, você volta desde o começo do jogo. Dito isso, o desafio é muito maior e eu não consegui concluir o jogo neste modo.

A trilha de Steel Assault complementa muito bem na ambientação do jogo e trazem lembranças de diversos jogos do passado. O título também está localizado em PT-BR, apesar de não ser um jogo com muito diálogo, é gratificante ver o bom trabalho de localização do estúdio para os seus jogos lançados aqui no Brasil.

Steel Assault já está disponível para Nintendo Switch e PC (Steam).

NOTA: 7/10 vezes que morri tentando zerar no modo Arcade