Review – Persona 3 Reload

Eu preciso começar esse texto falando, Persona 3 Reload foi a minha primeira experiência com o grande JRPG da ATLUS/SEGA! Não que eu não goste do gênero ou do estilo gráfico, longe disso, mas sim pela barreira linguística do jogo!

Lembrando que o jogo trabalha com alguns temas sensíveis! Tenham isso em mente e joguem com responsabilidade e estando bem!

É justamente esse o primeiro ponto que eu preciso ressaltar: a localização. O jogo, assim com os novos títulos da SEGA, está traduzido pra PT-BR! Eles tiveram o cuidado de adaptar da melhor maneira possível cada piada, brincadeira ou nome para se encaixar perfeitamente com o nosso idioma.

Meu primeiro Persona

Persona sempre foi um jogo que para mim, como um bom fã de anime, chamou muita atenção! Poder interagir e viver em uma certa rotina colegial no estilo “Slice of Life” com tudo que tem direito de dia: estudar, frequentar as aulas, fazer atividades de clube, manter uma vida social ativa e até mesmo procurar trabalhos de meio período.

Antes que você pense que é só para encher linguiça, e que esse roleplay de colegial não interfere em nada, é aí que você se engana! Você precisa formar vínculos sociais e fortalecer esses laços para deixar a fusão de Personas ainda mais forte! Mesclando tudo isso, praticamente sendo igual o Julius de “Todo Mundo Odeia o Cris”, você tem o seu segundo “empregoˮ só que agora como um dungeon crawler.

Quando a noite cai (o frio desce), o jogo se torna um Dungeon Crawler! Você é um líder e vai comandar quatro membros para explorar o Tártaro. De noite acontece um fenômeno chamado “Hora Sombriaˮ e é quando essa torre aparece! Todas as pessoas da cidade ficam inconscientes e somente portadores de Persona conseguem ficar nesse local.

Para mim um dos maiores acertos é a exploração do Tártaro! Contando com centenas e mais centenas (e muito mais centenas) de andares, a variedade de inimigos não deixa algo repetitivo. Você sempre é surpreendido e não fica preso numa mesmice, deixando tudo ainda mais divertido, prazeroso e dá um sentimento de que o mundo realmente está progredindo.

O fato da estrutura do Tártaro mudar a cada exploração também faz o jogo ter suas variações. Se você por acaso não está conseguindo progredir, é possível retornar ao local que estava antes e re-explorar toda a área e baús que você já descobriu, poderão ser redescobertos.

Uma dica: colete o máximo de Lascas do Crepúsculos que você conseguir porque elas são necessárias para destrancar os baús do tesouro.

Persona 3 Reload é um prato cheio

Não pensem que por ser um jogo de turno ele é fácil, muito pelo contrário! Outro elemento que me ganhou no jogo é essa complexidade no combate. Eu entrei com uma mentalidade de que eu conseguiria finalizar o jogo sem precisar “pensarˮ muito, mas eu caí do cavalo quando eu vi o quão importante é entender sobre as fraquezas dos oponentes.

Você vai precisar, quase que obrigatoriamente, fazer builds diferentes para se adaptar aos novos inimigos para conseguir passar eles mais facilmente. Isso pode tomar um certo tempo, mas confia em mim que vai te poupar tempo no futuro.

O maior trunfo disso tudo é que não se torna uma tarefa maçante ou cansativa, muito pelo contrário, isso é posto no jogo de uma maneira muito fluida que acaba se tornando algo natural. Ainda sobre esse tópico, a fusão de Personas enriquece muito o jogo. Ao longo da campanha, você vai adquirindo novos Personas que podem ser fundidos para conseguir outros ainda mais fortes, com habilidades e fraquezas novas.

Somando tudo isso com uma trilha sonora contagiante – que já está na minha playlist de academia – junto de uma direção de arte impecável, uma gameplay desafiadora e uma excelente narrativa, Persona 3 Reload ganhou meu coração e me fez ter vontade de explorar os outros jogos da franquia!

Persona 3 Reload já está disponível tanto pra PC (Steam), PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Cloud Gaming, Xbox One e Xbox Series S e Series X.

Texto escrito por João Saito (@Orewakou)