Review – Monster Hunter Rise (PC)

Monster Hunter Rise é ainda mais grandioso e divertido no PC

Existem duas experiências em Monster Hunter Rise. A single player, na qual você progride por uma série de missões cadenciadas e, conforme enfrenta monstros variados, aprende mais sobre como manejar sua arma preferida e sobre o comportamento das criaturas, e a multiplayer. Nela, o game ganha um ritmo muito mais caótico, conforme você tenta combinar suas habilidades com a de seus amigos e ser pelo menos um pouco útil no combate.

Embora pareçam distintas, as duas experiências são complementares e servem como testemunho da qualidade do jogo. Lançado originalmente somente para Nintendo Switch em 2021, o título chegou no dia 14 de janeiro ao Steam com uma série de melhorias em seu departamento técnico — mas mantendo sua essência.

Mesmo tendo semelhanças no gameplay com Monster Hunter World, Rise parte de uma raiz bem diferente da série. Deixando de lado muitos dos elementos de exploração do antecessor, o título traz uma experiência muito mais direta: os mapas são mais contidos, e sempre indicam os principais monstros encontrados nele.

Isso faz com que o jogo consiga chegar muito mais rapidamente no que é importante: matar monstros, coletar recompensas e criar armas mais poderosas — somente para repetir o ciclo com criaturas mais poderosas. Ainda há algumas complicações aqui e ali, mas a Capcom conseguiu cortar ao máximo as gorduras das experiências anteriores, com resultados bastante positivos.

Review - Monster Hunter Rise (PC)

Melhor desempenho faz diferença

Monster Hunter Rise no Switch é a prova da versatilidade trazida pela RE Engine. Enquanto o título trazia algumas limitações visuais, ele já era bastante bonito no console híbrido e trazia um desempenho travado em 30 quadros por segundo a maior parte do tempo — e a experiência está ainda melhor no PC
Mesmo em hardwares menos parrudos, dá para rodar o jogo com tranquilidade a mais de 60 quadros na resolução 1080p.

Em minha experiência, consegui jogar em 1440p nativos a 120 fps sem que isso resultasse em um uso exagerado de recursos — o game é muito mais leve do que Monster Hunter World, por exemplo.

O melhor desempenho, aliado a texturas em maior qualidade e personagens com mais detalhes, faz com que Monster Hunter Rise se torne um jogo ainda mais prazeroso de jogar. Os comandos respondem de forma imediata, dando uma maior sensação de controle sobre as armas e sobre os movimentos de seu personagem — algo essencial em um título no qual o timing é tão importante.

Review - Monster Hunter Rise (PC)

Da mesma forma, os ambientes ganham mais detalhes e facilitam a identificação de itens e monstros à distância, contribuindo para a sensação de que estamos navegando por lugares vivos. No entanto, os aprimoramentos não conseguem disfarçar o fato de que estamos lidando com um jogo lançado originalmente para Switch — algumas partes do cenário trazem poucos polígonos e têm uma aparência um tanto quadrada como resultado disso.

Outra desvantagem (que é mais subjetivo) é a ausência de portabilidade. Monster Hunter Rise tem uma estrutura que favorece muito sessões curtas de jogo, e no PC não há como aproveitá-las enquanto se está na fila do banco ou esperando o fim do intervalo de almoço. Isso não faz com que a versão para computadores “perca pontos”, mas se mostra uma vantagem indiscutível do console híbrido da Nintendo.

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Um ótimo jogo, agora ainda mais acessível

Conforme dissemos na análise original de Monster Hunter Rise, este é um game que soube abraçar as origens da série, ao mesmo tempo em que incorporou diversas melhorias de acessibilidade estreadas com Monster Hunter World (que sim, é mais bonito no PC). Isso resultou em um game bastante ágil e que, embora ainda tenha algumas coisas meio “escondidas” para novos jogadores, se mostra um ótimo ponto de entrada na série.

Review - Monster Hunter Rise (PC)

Focando justamente no aspecto mais legal da franquia — o combate contra monstros gigantes cada vez mais poderosos —, o título é ótimo tanto no single player quanto no multiplayer. Caso você tenha a oportunidade, vale a pena conferir o game desenvolvido pela Capcom e já ir se preparando para a grande expansão que ela prepara ainda para 2022.

Monster Hunter Rise foi analisado a partir de um código fornecido pela Capcom.

Nota: 9/10 vezes que o Rajang me esmagou