Review – ESO: Necrom

Este ano tem sido excelente para os fãs de MMORPG, com muito conteúdo e mudanças significativas às franquias existentes. Tivemos um novo patch para World of Warcraft: Dragonflight (10.1), Final Fantasy XIV: Endwalker (6.4), a continuação da história de Guild Wars 2: End of Dragon (e o anúncio da nova expansão Secrets of the Obscure), além de muitos outros MMOs em produção. Para não ficar atrás, Elder Scrolls Online lançou a expansão Necrom e trouxe uma nova classe, melhorias de qualidade de vida, um novo ar para o jogo.

Assim que entrei criei um novo personagem, o High Elf Lor’themar Th’eron (eu realmente amo WoW) sob a nova classe Arcanista e em minutos eu já estava apaixonado pelo gameplay que se tornaria a base da classe. Algumas habilidades geram Crux, triângulos verdes que orbitam ao redor do jogador, e que posteriormente podem ser utilizados para amplificar uma habilidade, como a Fatecarver, que dispara um enorme raio laser verde, como um grande kamehameha!

Durante toda minha experiência como Arcanista foquei numa build de DPS mágico com foco em AoE, através de habilidades de suporte, sobrevivência, geração de Cruz e o poderosíssimo Fatecarver para vaporizar tudo à minha frente. Mas confesso que fiquei tentado a brincar de healer, pois a classe oferece muitas habilidades de cura em área e escudos, excelente para PVP.

Necrom introduz aos jogadores duas novas zonas, Telvanni Peninsula e suas planícies repletas de vida e cogumelos gigantes, e Apocrypha, o reino esverdeado do Deadric Prince Hermaeus Mora. Ambas zonas são bem interessantes, com diversos eventos públicos e world bosses para matar. As sidequests são um pouco simples, geralmente apenas recolher itens, resgatar algum NPC ou matar uma quantidade específica de inimigos, mas ajudam a construir a narrativa do ambiente e contam mais da história de seus habitantes.

O ponto alto continua sendo a campanha principal, em que nos tornamos um agente de Hermaeus Mora com o objetivo de impedir uma grande ameaça, bem como a intrusão de outros Daedric Princes em seu reino. Embora um pouco lenta no início, a história é excelente, com um grande plot twist e um cliffhanger no fim, deixando a entender que será continuada em breve.

A dublagem foi um ponto que me chamou a atenção, de forma bastante positiva. ESO faz um excelente trabalho ao dar voz aos NPCs, pois todas as quests têm locução, o que torna a experiência mais interativa. Porém não existe tradução brasileira (por isso que muitos termos do texto não estão traduzidos), e como eu tenho um leve preconceito com a dublagem americana (sinto muito mas a dublagem brasileira é imbatível), achei que seria bem fraco.

Mas não, todos os personagens possuem vozes interessantes, que transmitem emoções em seus diálogos. Se for pra ser extremamente crítico, eu daria apenas uma aprimorada nos efeitos da voz de Hermaeus Mora, pois não pareceu que meu personagem estava conversando com uma criatura de alto poder e conhecimento inimaginável.

O jogo também apresenta dois novos companheiros com histórias complexas, o Warden Sharp-as-Night e o Arcanista Azadar al-Cybiades, sendo o último meu favorito devido ao seu estilo carismático e falas engraçadas. Aliás, se o assunto é personagens interessantes, também não posso deixar de citar Scruut, uma watchling depressiva que está sempre pronta para dar respostas ríspidas e sarcásticas.

Tudo isso foi perfeitamente amarrado através da incrível ambientação da ZeniMax. Apocrypha, onde passei a maior parte do tempo, traz uma sensação tenebrosa e inesquecível. Seus calabouços repletos de livros, tomos e criaturas bizarras (e cheias de tentáculos) contribuem para criar a sensação de estar em um local inacessível e repleto de conhecimento sobre tudo.

Se você está em busca de um MMORPG repleto de conteúdo, comunidade receptiva (fui constantemente ajudado por estranhos para completar minhas quests e dailies) e visuais incríveis, agora é um excelente momento para conhecer The Elder Scrolls Online. Isso porque a Epic Games está distribuindo o jogo base gratuitamente até 27/julho.

Se você quiser começar direto com uma classe extremamente divertida, com boas habilidades de sobrevivência e um raio laser gigante que derrete tudo à sua frente (inclusive no PVP), experimente comprar o DLC Necrom, já disponível para PC/Mac, Xbox One e PS4.

Texto por Guilherme Kyoji