Review – Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered

Versão remasterizada destaca ainda mais o charme da animações do Estúdio Ghibli

Pode parecer muito estranho parar e pensar que já tem mais de uma década do lançamento da geração anterior de consoles. Mesmo que muita coisa que saiu próximo a essa data não tenha envelhecido tanto assim, alguns títulos merecem novas versões não só para terem versões melhoradas nos visuais, mas também para que mais pessoas possam conhecer jogos de outros tempos. Quando a Bandai Namco anunciou a continuação de Ni no Kuni, uma das coisas que dificultavam quem quisesse conhecer melhor a franquia era que o primeiro game estava lá preso como um exclusivo do PS3. Agora, em 2019,  Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered chega para que todo mundo possa conhecer um dos mais belos JRPGs da geração passada.

Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered conta a história de Oliver, um garoto que depois de perder mãe, acaba dando vida a um de seus brinquedos que conta para o garoto que ele na verdade é nascido em um mundo fantástico. Com essa informação, Oliver parte junto de seu brinquedo fada chamado Drippy em uma aventura para libertar esse lugar mágico do domínio da bruxa Shadar. A primeira vista, a plot de Ni no Kuni parece um tanto quanto clichê. Porém, se não bastasse o fato do design de personagens e animações serem feitos pelo Estúdio Ghibli, famoso por longas como a Viagem de Chihiro e Vidas ao Vento, a trama também ganha um tratamento digno dos filmes da produtora. Ao avançar na trama, os jogadores serão bombardeados com sentimentos sobre desenvolvimento de Oliver e a sua luta contra o trauma que passa no início do game.

Não existe nenhuma mudança no jogabilidade de Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered. Para quem está jogando pela primeira, o combate pode ser um pouco complexo de dominar logo de cara. As lutas exigem tempo para entender bem o que está acontecendo, pois é preciso saber utilizar o sistema de familiares, criaturinhas que trazem algo parecido com Pokémon, e os próprios personagens. Além disso, o jogador ainda tem que se preocupar como cada personagem vai se comportar na batalha, o que adiciona ainda mais elementos para gerenciar.

A melhor coisa dessa versão de Ni no Kuni: Wrath of the White Witch é sem dúvidas o visual. Lá em 2011 já era surpreendente ver as animações da Ghibli em um jogo, agora que elas estão rodando em Full HD e 60fps são ainda mais bonitas. Em alguns momentos, as animações de personagens parecem tirar um pouco dos detalhes do desenho, deixando os visuais com uma cara low poly, mas no jogo em si, isso acaba passando desapercebido.

Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered é ideal para quem está buscando um JRPG para passar horas concentrado. Para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de jogar a continuação, fica a indicação jogar este primeiro antes de se aventurar por Revenant Kingdom. Nota: 8/10 animações fantásticas da Ghibli.

 

Kaio Augusto

Uma pilha gigante de referências. Perdido entre produções orientais e ocidentais, seja nos games, música,literatura, cinema ou quadrinhos. Gasta horas pensando em aventuras de RPG de mesa, teorias malucas ou apenas o que fazer em seguida.