Review – Call of Duty Black Ops 4

Entrega o que promete, mas com pings muito altos

O primeiro dos dois finais de semana de Agosto aconteceu o Beta Multiplayer de Call of Duty: Black Ops 4. O Beta trazia 10 especialistas jogáveis, 6 mapas e 6 modos de jogo, assim como estreia novas armas, equipamentos e scorestreaks. Além disso o jogo apresentou um combate pesado, junto com novos níveis de personalização e jogabilidade tática. A Treyarch resolveu deixar sua campanha de lado, focando somente no multiplayer com diferentes modos de jogo, além dos modos tradicionais e zumbis, um deles sendo o Blackout, seu próprio Battle Royale.

Call of Duty: Black Ops 4 apresentou um amadurecimento em sua jogabilidade e modo de abordar certas estratégias dentro do jogo. Começando pelas armas, o sistema de recarregar agora é baseado no cartucho, não é mais em números no canto da dela, mas sim em quantidade de pentes da arma específica. Felizmente, não retornou o pulo duplo, wallrun ou coisas do tipo que chegou a estragar bastante a série por um tempo e agora, o jogador tem vida e é necessário uma seringa para se curar, não recupera mais com o tempo.

Em Call of Duty: Black Ops 4, há um sistema de classes, parecida com alguns anteriores, com duas habilidades exclusivas de cada uma, mas com uma “pegada” de Overwatch, desbloqueando o “ultimate” obtendo bom progresso no meio da partida.

Junto a todos os modos multiplayers tradicionais, Call of Duty: Black Ops 4 traz o inédito modo Heist, onde um saco de dinheiro é deixado a mercê em um local aleatório e duas equipes de cinco pessoas brigam para obtê-la e levarem até o ponto de extração. Com morte de round permanente, esse modo exige mais cautela e estratégia por parte da equipe na hora de tentar recuperar a bolsa e cumprir o objetivo, cada tiro importa, pois no início de cada round é necessário comprar armas, colete e munição. Semelhante a um famoso jogo FPS por aí. Além desse tem também os clássicos Team Deathmatch, Control, Search and Destroy e Kill Confirmed.

O sistema de killstreaks continua o mesmo de sempre, nada de inovador nessa parte. Já no desbloqueio de armas, a empresa preferiu seguir o rumo clássico de desbloquear por progressão de Level dentro do jogo, diferente de WWII que tinha o ganho de Tokens para desbloquear a arma que tinha preferência. Algo que provável possa prejudicar os jogadores casuais com relação aos hardcore e mais empenhados, por terem armas, streaks, perks e equipamentos mais fortes de Level mais alto.

Os cenários estão bem bonitos e sua trilha sonora com batidas e dubsteps constantes deixam tudo mais frenético. Os efeitos sonoros estão bem mais “pesados” em questão de impacto, seja nos passos, nos tiros e explosões, está tudo mais nítido durante todo o caos, principalmente o barulho de hit no adversário. As cores das armaduras ajudam bastante a identificar as equipes, uma vez por brilharem em azul e vermelho, fica fácil de distinguir no meio do combate.

A HUD dentro do jogo está bem mais limpa e fácil de compreender os ícones, mantendo uma região confortável para focar na hora da trocação e se observar nos detalhes bem posicionados das informações para o jogador.

Blackout, por ser um modo de BO4, é somente em primeira pessoa, diferente de outros jogos de mesmo gênero que pode se escolher, mas isso não atrapalha em nada no jogo. Por ser um AAA, o jogo é muito mais otimizado e polido do que alguns feitos por estúdios independentes. Com sua mecânica consolidada, seu diferencial complementa e empolga bastante.

O modo Blackout traz os mesmos tipos de armas e equipamentos existentes em outros modos. Já em comparação a outros jogos do gênero, Blackout apresenta muitos outros veículos, como quadricíclos e helicópteros, e melhorias temporárias para utilizar durante a partida, como, sentir a presença de inimigos próximos, andar mais rápido enquanto agachado ou deitado, resistir mais a danos e muitos outros. Todos eles podem ser utilizados ao mesmo tempo com duração de cerca de um minuto.

Seu mapa pode não ser um dos maiores, mas contém muitas localizações que são baseadas em mapas da própria franquia, portanto, suas partidas não chegam a demorar tanto quanto em PUBG ou Fortnite, o tempo de encolhimento do círculo é consideravelmente mais rápido. Os equipamentos são bem espalhados e justos independendo da localização, é possível ter uma troca de tiro justa.

Call of Duty Black Ops 4, apesar de otimizado é pesado e pode não rodar em algumas máquinas menos favorecidas, sendo necessárias um upgrade de placa de vídeo e RAM. O multiplayer tem seus prós e contras, mas não muda o seu jeito de ser, mas com o modo Heist na jogada, é possível que seja confortável entrar no ramo de eSports. O grande problema após a época de lançamento foi o problema de encontrar jogos e acabar, a maioria, sendo pings altos, na grande maioria dos modos, o que prejudicava muitos jogadores, e ping alto em um FPS não atraí muitas pessoas.

Call of Duty Black Ops 4 já está disponível para PC, Xbox One e PS4.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.