Review – The Dark Pictures Anthology: House of Ashes

House of Ashes traz bons personagens e sequências de ações emocionantes, mas se perde na história

O Terceiro jogo da série The Dark Pictures Anthology, House of Ashes retrata a realidade de fuzileiros e agentes da CIA durante o ano de 2003, no estopim do que viria a ser conhecido como a Guerra do Iraque: uma ocupação ao território iraquiano sob a alegação de que Saddam Hussein mantinha um arsenal de armas químicas que ameaçavam a paz mundial. No meio do conflito, o grupo acaba preso em uma caverna que esconde muitos segredos e grandes perigos.

O jogo segue a mesma fórmula criada pela Supermassive Games em sua estreia no exclusivo de PlayStation, Until Dawn. Uma narrativa interativa na qual as suas escolhas e atitudes podem definir quem vive e quem morre. Você controla os membros de um grupo de pessoas e ao longo da história realiza decisões – algumas de vida ou morte – enquanto tenta desvendar o mistério que os cerca.

Uma nova história, um novo mistério

Seguindo a fórmula citada acima, cada personagem tem personalidades únicas e suas resoluções se desenvolvem umas com as outras, muitas escolhas que forem feitas e que posse afetar outro personagem, fará diferença em partes específicas do jogo.

House of Ashes apresenta personagens interessantes e mais corajosos por se tratar de membros do exército, diferente dos outros títulos nos quais você controla pessoas comuns em situações anormais.

Não que neste jogo a situação seja normal, mas tudo muda quando se tem treinamento militar e poder de fogo em mãos. Infelizmente, o jogo se perde ao longo da história, apesar de uma premissa interessante e seguindo a mesma estrutura de apresentação como os anteriores, House of Ashes peca muito no desenrolar do enredo. Além disso, a atmosfera criada não chega a ser tão aterrorizante quanto os anteriores, criando apenas alguns momentos de jump scares – alguns manjados e outros que realmente pegam de surpresa.

Review - The Dark Pictures Anthology: House of Ashes

Mais curto da série

Até o momento, House of Ashes traz a sensação de ser o título mais curto e sucinto da antologia. Dividido em apenas três longos atos, o Curador de histórias marca pouca presença, diferente dos títulos anteriores que aparecia mais vezes com suas dicas crípticas. É possível terminar uma vez o jogo por volta de seis horas, dependendo de quantos personagens sobrevivem ao longo da jogatina.

Um elemento inédito apresentado em Little Hope foi o de trocar entre os personagens no meio da mesma cena. Isso cria um ótimo ritmo para o momento e mantém a adrenalina imposta, com grandes consequências e decisões rápidas através de escolhas e QTEs (Quick Time Events).

Review - The Dark Pictures Anthology: House of Ashes

Apesar de ser uma grande mecânica incluída no título anterior, House of Ashes utiliza pouco essa dinâmica e você acaba presenciando mais no último ato do jogo, que é muito bem aplicado e mantém uma ótima tensão para o momento, mas claramente haviam outras situações que isso poderia ser aplicado.

Review - The Dark Pictures Anthology: House of Ashes

Agora é esperar

A resolução de House of Ashes é bem mais simples que de Little Hope – esse que tem uma pegadinha para manter os personagens vivos no final. No novo título traz um final simples e direto, independente de quantos personagens vivos, basta acertar os botões na hora certa e eles ficarão bem.

A consequências mais mortais permeiam ao longo da história e ocorrem de maneiras bem sutis, semelhante ao primeiro jogo da antologia, Man of Medan. Porém, o mistério que cerca a história não é complexa e não segue um caminho muito agradável. Entretanto, o jogo traz ótimas sequências de ações que não se estagnam em meros QTEs.

Sempre no final de cada jogo, somos presenteados com um breve trailer do próximo a ser lançado. Agora, só nos resta esperar o último título da primeira temporada de The Dark Pictures Anthology: The Devil in Me e torcer para uma história melhor e mais convincente que House of Ashes.

Vale mencionar que a experiência pode ser muito mais divertida jogando online ou local com os amigos – caso seja na Steam, é possível usar o Remote Play. Com até cinco jogadores, cada pessoa pode ter seu próprio personagem e realizar suas próprias escolhas enquanto interage com os amigos.

The Dark Pictures Anthology: House of Ashes está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X e PC (Steam).

NOTA: 7/10 vezes que me assustei no jogo

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.