Review – A Plague Tale: Requiem
A Plague Tale: Requiem expande o seu universo, mas peca no exagero
Em 2019, a Asobo Studio junto da Focus Home Interactive lançaram A Plague Tale: Innocence, um jogo que se passa em 1348 no sul da França, em Proença, no qual entramos na pele da jovem Amicia e seu irmão mais novo, Hugo De Rune. Nesse jogo eles sofrem por muitas situações traumatizantes nas quais crianças não deveriam passar, enquanto enfrentam a Peste Negra.
Já A Plague Tale: Requiem se passa seis meses após os eventos do jogo anterior ambos ainda sofrem as consequências e carregam muitos traumas tentando fugir de todo o caos deixado para trás em busca de uma vida finalmente tranquila.
O estúdio trouxe uma bela história em seu primeiro título, mas sinto que ao expandir este universo e trazer toda uma mitologia por trás em sua continuação tornou a obra ainda mais fantasiosa e monótona em seu gameplay.
Uma nova jornada
Assim como o primeiro título, você joga como a Amicia durante toda a jornada que agora se torna ainda mais perigosa. De início não há muitos segredos com relação às mecânicas, caso já esteja familiarizado, porém há um breve tutorial enquanto é introduzido ao mundo.
A história tem um bom começo e instigante até certo ato. Apesar de ser um jogo com certos elementos fantasiosos, principalmente o bando de ratos carnívoros, mas A Plague Tale: Requiem extrapola de vez, tanto nesse quesito, quanto na questão de expandir o universo e criar uma mitologia por trás dos acontecimentos de ambos os jogos.
O mundo simples e “pé no chão” criado em Innocence, perde o rumo em Requiem e se torna uma fantasia que certos momentos eu esperava ver um bando de ratos em formato de dragão. Com isso, muito da história fica por parte dos diálogos entre os personagens, algo que porventura tornou a gameplay entendiante.
Muito passeio e pouca ação
A jogabilidade de A Plague Tale: Requiem segue da mesma maneira que no jogo anterior, algo voltado para jogadas sorrateiras e eliminar um inimigo por vez, ao invés de sair enfrentando todos que encontrar no caminho. Requer estratégia e bom posicionamento, mesmo depois de adquirir a balista. Muitos inimigos tem capacetes ou armaduras completas e isso requer utilizar os diversos recursos disponíveis para eliminar cada um.
O jogo é dividido em “sessões”. Há sessões de história e somente caminhadas com personagens conversando, com dosagens de áreas com inimigos para serem evitados ou enfrentados, assim funciona a estrutura ao longo do jogo. Dependendo da maneira que você passa pela parte com inimigos, Amicia adquire habilidades passivas voltadas para aquele estilo de gameplay.
Nesse sentido, a jogabilidade continua muito interessante e é possível ter diversas abordagens para as situações, especialmente pelas áreas serem mais abertas e você poder escolher caminhos diferentes para alcançar o mesmo ponto de chegada. Ao longo da história você encontra outros aliados que auxiliam com habilidades específicas também. Porém, me incomodou o jogo forçar partes de combate que é obrigatório eliminar os soldados, no entanto, esse jogo não traz boas mecânicas para um combate direto assim.
Além disso, em comparação com o jogo anterior, você passa mais parte andando e conversando do que realmente enfrentando inimigos ou até mesmo realizando os puzzles necessários para avançar em partes específicas.
Queria ter gostado mais
Admito que estava bem empolgado com A Plague Tale: Requiem, o jogo apresenta lindos cenários e paisagens que me deparei vislumbrando em certos momentos, mas apesar disso, uma história de um “mito” foi construído na qual eu não consegui engolir.
Queria ter gostado mais do jogo, pois algo que gostei no título anterior foi enxugado para explicar histórias e me cativar de certa maneira, algo que o jogo não teve sucesso, apenas me deixou entediado e com vontade de “jogar” mais do que só andar. No entanto, para assinantes do Game Pass que tenham interessa em experimentar, vale muito a pena um jogo desse nível neste serviço de assinatura.
A Plague Tale: Requiem já está disponível para PC (Steam), Nintendo Switch, PlayStation 5 e Xbox Series X/S.
A Plague Tale: Requiem: A jogabilidade de A Plague Tale: Requiem segue da mesma maneira que no jogo anterior, algo voltado para jogadas sorrateiras e eliminar um inimigo por vez, ao invés de sair enfrentando todos que encontrar no caminho. – Otto