Review – Maestro (VR)
Maestro é um jogo em VR que transforma a experiência de reger uma orquestra em uma aventura acessível e divertida — sem o estresse de músicos ou público julgando cada movimento. Enquanto ser maestro na vida real exige anos de estudo, sensibilidade para liderar artistas e paciência para decifrar partituras complexas. Neste jogo — desenvolvido pela Double Jack — basta pegar uma “batuta virtual” (ou seus próprios dedos) e se jogar no palco, mesmo sem conhecer um tom sustenido.
Seja um grande regente
O jogo não é um simulador realista, mas captura a essência lúdica da regência. É basicamente um Beat Saber, onde ao invés de sabres cortando blocos, as notas musicais são feitas por comandos da mão esquerda (forte, suave, crescendo) e a batuta na outra mão acompanhando o ritmo e as setas para seguir.
A imersão do VR amplia a sensação de você estar em um grande auditório, cercado por músicos caricatos que seguem seus gestos com seriedade cômica. Se errar o ritmo, nenhum trompista vai revirar os olhos, mas apenas uma partitura visual piscará em vermelho, te incentivando a melhorar.

O visual é descontraído, com uma estilização 3D que lembra animações infantis, mas funcional. Os músicos reagem aos seus gestos, ajustam instrumentos e até cochicham entre si, dando vida à cena. O áudio, claro, é ponto forte: as faixas variam de clássicos como Beethoven a Jazz. Sim, reger a música Caravan depois de assistir ao filme Whiplash me fez entender o suor de JK Simmons no papel.
Os cosméticos desbloqueados ao concluir ótimas regências trazem um novo ar para o palco e seus músicos, é possível também desbloquear diferentes estilos de batutas e luvas caso já esteja enjoado dos mesmos.

Maestro não exige tanta experiência musical
Como já mencionado acima, a jogabilidade é bem simples, gestos amplos controlam a intensidade, enquanto a mão livre dita entradas de instrumentos. O tutorial é intuitivo e o rastreamento dos controles funciona bem, embora exija certa precisão. Testei em um Oculus Quest 1 conectado no meu PC através do Steam VR.
Admito que tive certos problemas de sincronias de imagem e áudio, mas nada que atrapalhasse muito a minha experiência a longo prazo.

A postura fixa no pódio pode causar desconforto, pois não dá para ajustar a altura. Além da falta de profundidade nas lições, afinal você só veio aqui para reger algumas músicas e só. Mesmo assim, o jogo brilha como uma experiência única: relaxante, divertida e, quem sabe, inspiradora para futuros maestros ou músicos no geral.
Maestro mostra ser um ótimo jogo de ritmo e sinto que o jogo se beneficiaria muito caso houvesse a possibilidade da comunidade criar músicas para o jogo, assim como funciona em Beat Saber que claramente mantém uma sobrevida longínqua através da própria comunidade.
Maestro: Maestro é um jogo de VR que simula a regência de orquestra com acessibilidade e diversão. Com visuais cartoonizados e mecânicas simplificadas, o jogo captura a essência lúdica da direção musical, Ideal para curiosos e amantes de música que buscam diversão sem pressão realista. – Otto