BGS23: Demo de Prince of Persia The Lost Crown foi o grande destaque da Ubisoft

Durante a BGS 2023, tive a oportunidade de testar a demo de Prince of Persia: The Lost Crown, presente no estande da Ubisoft e da Nintendo, disponível também para o público em todos os dias do evento. Além disso, consegui conversar com o Diretor do jogo, Mounir Hadi, que pode iluminar algumas questões que tive após testar a demo.

Uma nova roupagem

Apesar da sua origem 2D em plataforma em 1989 para o Apple II – com a mecânica mais dura possível -, por anos, a Ubisoft nos acostumou com o famoso Prince – protagonista dos últimos títulos lançados da franquia – e seu gênero ação em terceira pessoa, com combate intenso e muita câmera lenta. Agora, com Prince of Persia: The Lost Crown, o estúdio busca uma abordagem diferente para uma possível renovação da IP.

O jogo será um metroidvania com muitas plataformas e acrobacias para locomoção e um combate intenso contra diversos tipos de inimigos. De acordo com Mounir Hadi, o objetivo da Ubisoft Montpellier com esse novo título é trazer inovações e uma nova roupagem para a franquia.

A demo que joguei começava logo após o prólogo de tutorial. Na pele do novo protagonista, Sargon, já comecei indo em direção às primeiras sequências de plataformas que provaram ser incrivelmente fluídas, pular de paredes, dar dash no ar, passar por baixo de alguns obstáculos, tudo ocorrendo na melhor naturalidade possível. Precisei me atentar mais quando apareciam armadilhas de diversos tipos atrapalhando a minha travessia.

Combate e mobilidade surpreendentes

Logo em seguida, me deparei com meus primeiros inimigos, alguns esqueletos, demonstrando ser o adversário mais simples para aprender as mecânicas básicas de combate que me deixaram ainda mais surpreendido. Sargon vem para esta aventura munido com suas espadas duplas, arco e flecha e uma espécie de shuriken, além de alguns poderes ofensivos e de cura também disponíveis.

O combate demonstrou ser tão gostoso quanto a locomoção, com não sóa possibilidade de aparar (parry) nos golpes dos inimigos, mas também de usufruir de uma liberdade para usar o que quiser e como quiser com o objetivo de sair vitorioso. Uma das mecânicas que mais achei interessante foi a de “voltar no espaço tempo”, onde você coloca um marcador da sua última posição e ao usar o mesmo botão, você retorna para aquele local. Isso trouxe muitas possibilidades para evitar golpes ou até mesmo atingir inimigos equipados com escudos.

Quando perguntei para Mounir Hadi sobre a ideia de retornar às origens de Prince of Persia, ele respondeu:

Nós pensamos que poderíamos fazer um jogo 2D moderno, então para mim, isso não é voltar para as origens, mas sim ir adiante. Você deve saber que é muito fácil para nós fazermos o mesmo jogo repetidas vezes, desta vez nós queremos arriscar. Sabemos que as pessoas esperam jogos 3D, mas nós queremos surpreendê-los, então pegamos todo o legado existente da franquia e brincamos com todo esse conhecimento que se encaixa com a nossa visão para um novo jogo de Prince of Persia.

Uma nova história e personagens inéditos

Além de inovações mecânicas e uma abordagem com um novo gênero, Prince of Persia: The Lost Crown apresenta uma história inédita, com foco não somente no novo protagonista, mas no grupo de pessoas que também irão acompanhar Sargon nessa jornada.

Depois dos primeiros minutos, a demo apresentou uma breve cena onde encontramos seis aliados que, pelo tom de alguns deles, não parecem se dar bem com Sargon. Entretanto, de acordo com o diretor do jogo, o protagonista não estará sozinho como anteriormente. gora você será parte de um grupo, onde Sargon é o mais jovem entre eles.

Admito que fiquei na expectativa de que alguns possam ajudar em lutas contra chefes ou até mesmo apresentarem alguma mecânica diferente ao longo do jogo. No caso da demo, não houve nenhuma outra interação com tais personagens além da cutscene mostrada.

Prince of Persia: The Lost Crown terá chefes desafiadores e muito mais para esperar

Após muita exploração, pulos, lutas e até mesmo algumas mortes por besteira, cheguei a encontrar alguns NPCs que vendiam alguns itens de aprimoramento e consumíveis e, de tempo em tempo, árvores que serviam como ponto de descanso para recuperar vida, o item de cura e até mesmo equipar alguns amuletos disponíveis que aprimoram passivamente as habilidades de Sargon.

Mesmo aproveitando tudo que a demo tinha para me entregar, precisava chegar ao final dela, no qual enfrentava o que poderia ser o primeiro chefe da versão final do jogo, o Jahandar, uma criatura mitológica da espécie manticora, bem semelhante a uma quimera.

A luta provou ser desafiante do início ao fim, sendo necessário utilizar todos os recursos disponíveis para conseguir derrotá-lo. Após algumas tentativas, consegui notar o padrão dos golpes e até mesmo aparar um golpe específico que atordoava a criatura, me dando a possibilidade de causar o maior dano possível antes de levantar.

Os chefes serão como um teste para o jogador. Você irá usar todas as habilidades e recursos que foram aprendidos anteriormente. Cada chefe irá “forçar” as pessoas a pensar diferente ou utilizar um método específico, mas você não estará limitado somente a isso. É necessário também pensar quais amuletos serão viáveis para cada luta.

Após essa breve conversa com o Mounir Hadi, ele me informou que essa demo não é nem a metade do que veremos na versão final. Não poderia estar mais empolgado após tal informação.

Mesmo não sendo o maior fã de jogos metroidvania – podendo contar nos dedos quais já zerei -, posso facilmente dizer que essa demo de Prince of Persia: The Lost Crown me deixou ansioso para testar o jogo em seu lançamento. A escolha da arte gráfica, junto da composição 2D dos cenários e movimentação e combates mais fluidos que areia numa ampulheta, são combinações que podem facilmente destacar o jogo no início de 2024.

Prince of Persia: The Lost Crown estará disponível para PlayStation 4|5, Nintendo Switch, Xbox One, PC (Ubisoft Connect) e Xbox Series X|S.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.