Review – We Happy Few

A felicidade era muita, mas ao chegar somente poucos ficaram felizes

we happy few

We Happy Few conta a história de uma cidade na Inglaterra nos anos 60 com pessoas que tentam fugir da tristeza e más lembranças do dia a dia tomando um remédio criado por eles chamado “Joy”, o que mantém todos eles assustadoramente felizes o tempo todo, negar tomar o remédio é um crime para esta sociedade e assim você se torna um “Downer”, um ser repugnado pela sociedade e perseguido até voltar a tomar o remédio ou morrer.

Apesar de ter uma história e visuais interessantes, We Happy Few não deixou as pessoas muito felizes com seu lançamento prematuro. O jogo atualmente está em Early Access, ou seja, é possível jogá-lo, mas ainda está em desenvolvimento o que gerou decepções na galera que estava aguardando o jogo por muito tempo (eu fui um deles). Ainda está em Alpha mas é possível ver claramente a proposta do jogo, que é promissora, diga-se de passagem.

We Happy Few é um jogo indie criado pela Compulsion Gamesde gênero survival em primeira pessoa de mundo procedural, ou seja, toda vez que recomeçar o jogo o mapa será diferente com missões e localidades variadas. O prólogo consegue apresentar muito bem o mundo de We Happy Few e seu protagonista, Arthur Hastings, que ao se recusar tomar seu “Joy” a realidade das coisas a sua volta vem à tona. Uma ótima introdução, mas que infelizmente traz uma ideia de um gênero muito diferente do jogo nos traz, podendo frustrar alguns ao terminar o Prólogo.

We Happy Few tem um bom sistema de craft e disfarces”. Tudo que é coletado no jogo serve para algum propósito, desde jogar objetos para distração quanto fazer armas, roupas para disfarçar e medicamentos. O jogo também tem um sistema de stealth, mas por ser Alpha é um tanto quanto bugado e não parece funcionar muito bem. Por ser survival, Arthur sempre requer comer, beber e dormir, caso atinja um estado crítico ele desmaia podendo até causar sua morte e ferimentos que causam sangramentos são necessários aplicar bandagens.

Caso você seja um jogador hardcore existe a opção de Permadeath, onde, morreu recomeça tudo, mas pode ser desativado para os jogadores mais casuais. Um ponto muito positivo no jogo é o seu mapa gerado aleatoriamente a cada ver que recomeça.  Não só o mapa mas as missões também mudam, podendo variar bastante o “caminho” da missão principal e algumas secundárias, dando uma grande variedade para o jogo. Algumas missões secundárias têm certos bugs, mas como citado acima, ainda está em Alpha.

Apesar de seus problemas no Alpha, o que é esperado portanto não devemos ser exigentes ao extremo, We Happy Few é um jogo muito promissor e espero que seja mais polido ao decorrer do tempo e saber mais da história de Arthur tentando sobreviver neste mundo utópico onde toda felicidade é errada, ou será que não? Foi divulgado também que haverá outros personagens jogáveis além de Arthur mostrando mais da cidade com missões e histórias diferentes. Para quem gosta de survival e ficou interessado pela temática, vale a pena conferir o jogo e ficar no aguardo de atualizações e melhorias.

We Happy Few já está disponível para Xbox One e PC em Early Access.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.