Review – Star Wars: Battlefront II
É bonito, é maior, mas ainda peca
Quando anunciado na E3, Star Wars: Battlefront II foi aclamado por muitos, pois a Electronica Arts (EA) mostrou que aprendeu com os erros do jogo anterior, mas infelizmente ela aprendeu com uns e errou com outros. Além da promessa de uma ótima campanha, ele veio com um multiplayer ainda maior, com mais mapas, personagens e modos. O fator de microtransações foi o maior pecado que a EA poderia ter cometido neste jogo.
Campanha Single Player
O universo de Star Wars já teve muitos de seus cantinhos obscuros sendo explorados em diversas mídias, em diferentes linhas temporais. Star Wars: Battlefront II buscou um ponto de visto que havia sido tratado na trilogia de livros Thrawn, onde um o grande almirante do império se recusava a aceitar a vitória dos rebeldes depois da batalha na lua de Endor. Essa seria um plano de fundo interessante novamente, já que o antigo universo expandido havia sido deixado de lado. Porém as promessas foram muito bonitas, quando comparadas com o resultado final.
A campanha single-player de Star Wars: Battlefront II emula o que toda campanha de jogos FPS acaba sendo, uma desculpa sem muita emoção de tiros com uma inteligência artificial ruim. Atualmente, o foco deste gênero está longe de ser o modo offline, por isso as narrativas são relegadas à cenas entediantes, com um roteiro genérico e alguma partes de tiroteio, que são muito fáceis de serem concluídas. O ruim é ter isso em um material de Star Wars, onde as narrativas mais simples acabam tornando-se sagas bem desenvolvidas.
Modos Multiplayer
Uma grande evolução foi a variação de modos e mapas existentes em Star Wars: Battlefront II, trazendo uma mecânica diferente nas habilidades utilizadas para as tropas, assim como personagens novos do universo dos filmes para utilizar como Heróis. Mesmo assim, as mudanças não foram o suficiente para tentar reviver a franquia, a EA resolveu incluir microtransações em seu jogo para poder adiantar certas coisas no jogo.
Star Wars: Battlefront II traz a mecânica do famigerado Loot Box para desbloquear novos heróis, naves e habilidades a serem usadas. As caixas são liberadas a cada Level adquirido no jogo, as microtransações adiantam esse processo fazendo com que as pessoas comprem caixas e desbloqueiam coisas mesmo estando no Level 1, sendo assim, complicando o gameplay para outras pessoas que jogam humildemente seu joguinho.
O problema maior foi após a semana de lançamento, pois ficou complicado de jogar os outros modos além do 20v20, ninguém mais jogava, basicamente, ou era aquele modo ou partia pra outra coisa. Triste querer jogar o modo do espaço para pilotar naves e não ter ninguém para jogar.
Conclusão
Um jogo muito promissor, com efeitos, trilha sonora e visual impecáveis, mas que só durou durante a hype de seu lançamento e nada além disso. Quem sabe o pessoal ainda anima de voltar a jogar ou inventam de mudar de modo.
