Review – Ronin

Imagine Mark of the Ninja com Kill Bill, temos Ronin

Com design minimalista e ações turn-based, o jogo Ronin conta a história de uma “heroína” decidida a se vingar de cinco figurões de uma empresa poderosa – e com passado negro. (Acredite, as similaridades com Kill Bill vão para além do enredo: A personagem também utiliza uma roupa bastante similar – embora não amarela – e uma katana.)

Muito parecido com jogos como Mark of The Ninja, Risk of Rain e Gunpoint, o modelo stealth/assassination funciona perfeitamente para a trama, exceto por algumas ressalvas técnicas, como os controles e execuções que acabam se tornando confusos e nem sempre claros para o desenrolar do jogo. Mais importante e também crítico é a reutilização de comandos para funções diferentes, por exemplo, um comando é designado para a abertura de portas porém, em determinado momento do jogo, pode acabar desencadeando ataques ou até mesmo pulos não desejados.

Para se dar bem em Ronin, você deve não só prestar atenção no tempo de seus ataques, mas também na movimentação de seus inimigos, afinal, um tiro é suficiente para encerrar sua tentativa de retaliação e frustrar sua vingança. O jogo apesar de curto (Apenas cinco capítulos com três missões em cada) consegue prender a atenção por ser rápido e por necessitar atenção e estratégia para executar seus pulos, escaladas e finalizações. É preciso calcular exatamente seus movimentos, pois apesar de ocorrer em “turnos” e contar com guias de visão em suas acrobacias, uma escolha errada pode ser fatal ou até mesmo acabar envolvendo inocentes em sua vingança.

Apesar de ser necessário o cuidado com as características stealths do jogo, não podemos considerar Ronin uma obra que pode ser concluída sem contato direto com seus oponentes. O sistema de skill points do jogo é adquirido quando você elimina um adversário, obrigando dessa forma o jogador a entrar em batalha para poder evoluir suas habilidades.

No geral, Ronin é um jogo divertido e estratégico, capaz de proporcionar ao jogador momentos intensos e bastante violentos. Apesar de não alcançar o ápice em execução, consegue trazer um swordplay distinto e ocupar de forma característica de jogos do gênero o tempo e concentração de seus jogadores.

Texto por Julia Teixeira

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.