Review – Resident Evil Village

Algo novo e nostálgico, Resident Evil Village traz doses de suspense e ação na medida certa

O novo título da Capcom, Resident Evil Village, traz uma nova proposta em um ambiente um tanto quanto nostálgico. O jogo se passa em um vilarejo da Europa, com a apresentação de um folclore e ambientação semelhantes ao de Resident Evil 4.

Resident Evil Village se passa três anos após o fim do sétimo capítulo da série. Após resgatar Mia da família Baker, Ethan e sua esposa vivem tranquilamente na Europa criando sua filha, Rose.

Uma noite aparentemente tranquila, a casa de Ethan é invadida e ele é levado junto com sua filha para um local desconhecido. O personagem acorda sem saber onde está e em um lugar totalmente deserto. É aí que a aventura começa.

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A jornada de um pai se inicia

A jornada de Ethan o força a explorar uma favela em ruínas, adegas encharcadas de sangue e uma mansão assustadora. Esses locais são cenários perfeitos para uma série de encontros de gelar o sangue, o ambiente da vila e o design do inimigo são excelentes, tornando-o um dos jogos Resident Evil mais assustadores até hoje.

Ethan lentamente adquire uma variedade usual de espingardas, pistolas e metralhadoras para combater essa variedade de horrores sobrenaturais. O arsenal de Village não guarda muitas surpresas, mas o tiroteio geral é mais polido do que o que tínhamos em seu antecessor.

Fugir dos inimigos em marcha lenta da Vila não é difícil, mas navegar em sua enxurrada de presas ainda é uma emoção. Ficar calmo por tempo suficiente para alinhar uma série de tiros na cabeça enquanto essas hordas atacam sua posição é o verdadeiro desafio, e eu me afastei da maioria dos encontros com uma onda de adrenalina.

Um punhado de outros adversários – como a amante de memes Lady Dimitrescu – perseguem Ethan implacavelmente ao longo do jogo, muito parecido com o Mr. X de RE 2. Você nunca sabe quando um desses vilões vai virar uma esquina, o que cria uma tensão palpável, mas essas sequências sempre se resolviam em uma batalha épica com um chefe que drenava recursos.

Melhorias e adaptação

Como os jogos Resident Evil anteriores, o mapa de Village faz um ótimo trabalho ao comunicar quais salas foram esvaziadas e quais ainda contêm alguns tesouros escondidos. No entanto, alguns itens ficam mais bem escondidos do que outros.

Por um lado, o Village me encorajou a explorar seus ambientes muito bem detalhados com um pente fino; Eu gostava da maioria dos puzzles, verificar uma sala no meu mapa era sempre satisfatório.

Por outro lado, alguns itens permaneceram escondidos mesmo após vários minutos vasculhando, então tentar encontrar todos os itens em todos os cômodos tornou-se um pouco tedioso. Felizmente, mesmo uma busca superficial em cada sala produz equipamento suficiente para passar pelos desafios à frente.

Ficar mais atento para os detalhes também é vital para resolver alguns puzzles ambientais de Village. Eu amo como esses quebra-cabeças oferecem uma liberação de tensão muito necessária, e a maioria deles me fizeram sentir inteligente.

Dublado pela primeira vez

Resident Evil Village é o primeiro título da Capcom dublado pelo Brasil. Os personagens principais da trama são dublados por Raphael Rossatto (Ethan Winters), Priscila Franco (Mia Winters) e Léo Rabelo (Chris Redfield), além de diversas outras vozes conhecidas em outros jogos, filmes e desenhos.

A dublagem é de altíssima qualidade, porém se prestar muita atenção é perceptível poucas vezes falta de sincronia com o lábio, mas nada que estrague a experiência pelo fato de estar dublando em cima do inglês. A grande maioria das vozes encaixam com seus respectivos personagens, somente alguns que tem uma aparição breve causam estranheza entre sua voz e o modelo do personagem.

A localização segue de alta qualidade, tanto em adaptação dos textos encontrados ao longo do jogo, quanto interface e legendas. Algo que ficamos atentos depois de ver algumas partes estranhas na localização de outro título da Capcom, Monster Hunter: Rise

Conclusões e ainda mais mistérios

A narrativa e ambientação de Resident Evil Village é mais convincente do que eu esperava. Ethan é um homem com mais personalidade e definitivamente mais maduro, sua jornada para resgatar sua filha está cheia de personagens selvagens e um punhado de momentos surpreendentes.

A narrativa de Village foi o principal fator que me impulsionou, estou satisfeito em ver que a Capcom realmente pensou neste mundo e adicionou diversas peculiaridades. Algumas das reviravoltas do último jogo me deixaram genuinamente animado para ver onde a série vai a seguir.

Resident Evil Village é um pacote impressionante. Eu gostei dos remakes recentes de Resident Evil 2 e 3, mas estou animado para ver a Capcom impulsionar esse lado da série novamente. O título expande abordagem de Resident Evil 7 para o combate em primeira pessoa, oferecendo uma série de encontros que complementam perfeitamente o design ambiental tenebroso da Capcom.

Felizmente, a ação amplificada de Village não diminui tanto de seu horror. Na verdade, Village mantém um sentimento de pavor que poucos jogos podem igualar. Fãs da série e até mesmo pessoas interessadas a conhecer este universo, vale muito a pena tomar alguns sustinhos.

NOTA: 9/10 sustos que tomei na Mansão Beneviento