Review – Monster Hunter: World

A caçada alcança um novo nível

A série Monster Hunter, desde o Nintendo Wii, era presente principalmente em plataformas portáteis. Os games sempre eram elogiados, porém a comunidade era um pouco fechada e sem um grande alcance de público. O anúncio de Monster Hunter: World na conferência da Sony durante a E3 2017 pegou os fãs de surpresa, pois este seria o primeiro jogo da franquia em um “console de mesa” após 9 anos. O que muitos não sabiam na época é que esta escolha foi uma das melhores para Monster Hunter.

Em World, o jogador controla um caçador que está chegando em uma nova terra, junto com a 5ª Frota. Porém no caminho o navio voador é atacado por Zorah Magdaros, um dragão gigantesco com o coberto por magma. Agora a frota precisa caçar esse monstro e outros dragões ancestrais para chegar em um novo mundo.

O conforto em duas alavancas 

Em sua presença nos portáteis, um dos grandes desconfortos das longas caçadas era controlar a câmera, mas a presença de Monster Hunter: World em um console com duas alavancas torna a experiência ainda melhor. Toda a saga é baseada em um combate de ação, com elementos de RPG, onde a velocidade de reação é primordial. Quando o processo de ter sempre o inimigo no campo de visão é simplificado, toda a luta ganha um sentido maior, tornando-se fluída. A estratégia de caça continua complexa, onde é preciso estudar cada criatura antes de sair dando espadadas. Em Monster Hunter: World tudo aquilo que antes era cheio de pequenas burocracias ficou mais fácil, sendo um bom ponto de partida para novos jogadores.  A câmera simplificada permite que todos os 14 estilos de combate sejam funcionais, ficando nas mãos de quem está jogando qual é a melhor maneira de caçar. Cada arma possui uma sequência de golpes únicos, com especiais e efeitos diferentes.

 

Dragão come dragão 

Monster Hunter: World eleva o conceito de mundo vivo e rico que os outros títulos da série demonstravam. Cada ambiente é populado por uma fauna própria, com monstros de todos os tamanhos, e uma cadeia alimentar bem estabelecida É muito comum se deparar com criaturas enormes tentando comer o monstro que se está caçando, afinal é assim que a natureza funciona, mesmo quando ela possui dragões que disparam veneno ou gelo. Além disso, o jogo incentiva que o jogador vá atrás de enfrentar uma gama maior de monstros pelo caminho e repita este processo, para sempre criar equipamentos melhorados. Ou apenas armaduras que deixarão o caçador ou seu Palico, gato companheiro de todas as aventuras, cada vez mais estiloso.

Após horas de caçada incessante, Monster Hunter: World se mostra uma experiência necessária para os fãs de RPGs de ação, cada detalhe, desde o modo single player até o multiplayer, é sem igual e digno de horas de pura diversão. A versão para consoles desta saga da Capcom marca, talvez, uma nova era para franquia, onde veremos versões tão boas nos consoles com maior frequência. É impossível não jogar Monster Hunter: World e não ao menos sair apaixonado por um Palico.

Kaio Augusto

Uma pilha gigante de referências. Perdido entre produções orientais e ocidentais, seja nos games, música,literatura, cinema ou quadrinhos. Gasta horas pensando em aventuras de RPG de mesa, teorias malucas ou apenas o que fazer em seguida.