Crítica – Mudbound Lágrimas sobre o Mississippi

Um dos filmes que podem ser considerados injustiçados no Oscars 2018, por ter ficado de fora de alguns por principais prêmios

O emocionante filme escrito por Rees e Virgil Williams e dirigido por Dee Rees é baseado no livro homônimo de Hillary Jordan. Mudbound conta a história de dois veteranos de guerra que precisam se readaptar de volta à realidade atrasada e preconceituosa do sul dos Estados Unidos pós Segunda Guerra Mundial.

O filme lida com os Estados Unidos pós escravidão e se passa em uma fazenda onde o dono da terra, Henry, branco, tem um pai racista membro do KKK e uma esposa deprimida com a vida rural. Quando o irmão Jamie volta da guerra, traumatizado, ele encontra apoio e amizade em Ronsel. Ronsel é filho da família que trabalha na terra, negra, e encontrou na guerra o respeito e o reconhecimento que sempre mereceu – mas que desaparecesse assim que ele pisa de volta no Mississippi.

O filme é muito bonito, muito emocionante e te prende do começo ao fim. Todos os personagens são densos e multifacetados, há um cuidado maravilhoso com a fotografia, as atuações estão muito bonitas e o filme traz uma discussão ainda muito presente e necessária sobre respeito, igualdade, amizade e amor.

O filme está concorrendo a Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Atriz Coadjuvante para Mary J. Blyge que interpreta a mãe de Ronsel, Melhor Fotografia e Melhor Canção Original por “Mighty River”. Infelizmente os excelentes atores Jason Mitchell que faz um trabalho impecável como o jovem Ronsel e Rob Morgan que interpreta seu pai Hap Jackson ficaram de fora da competição por melhor atuação, assim como a jovem diretora Dee Rees também não concorre por emlhor direção.

MUDBOUND – Lágrimas sobre o Mississippi é um filme lindo, extremamente bem feito, muito triste e profundo, que merece ser visto. O filme é um lançamento Diamond Films e estreia nos cinemas dia 15 de Fevereiro.

Texto por Marina Tuca Loretti