Review – Disc Ninja (VR)
Disc Ninja traz uma nova fórmula do tradicional Golf para VR
O Golf é um esporte que muitos tem conhecimento, sejam pelas próprias competições ou até mesmo pelos diversos jogos lançados – sendo eles simuladores ou arcades. Até mesmo no VR é possível encontrar um jogo ou outro desse esporte. O mais novo título da Immersion, Disc Ninja, traz uma nova fórmula do tradicional Golf e aplica em forma de frisbee para o VR.
Técnica é mais importante que força
Disc Ninja não contém uma história ou qualquer enredo, além do próprio tutorial – que é bem direto e simples -, o jogo é constituído simplesmente de fases diferentes nas quais o objetivo é atingir uma estátua de dragão para concluí-la. O movimento depende de onde o disco cai, uma vez que parado você é transportado para o local e contínua a partir daí. Porém, não é todo lugar que você será teleportado.
O jogo contém dois modos single player, apesar de serem diferentes o propósito é o mesmo, chegar na estátua com o mínimo de lançamentos de disco possíveis, não há muito além disso, exceto o Dojo que oferece dicas de como jogar melhor o disco e bonecos para treinar.
Testei Disc Ninja no Quest 1 e não tive nenhum problema relacionado ao lançamento dos discos do jogo, os controles são bem responsivos e capta bem o movimento, principalmente na hora que você solta o disco, elemento de extrema importância.
Caso tenha dificuldade em acertar os lançamentos dos discos – como eu – o jogo disponibiliza um auxílio para ele seguir uma reta, basta somente jogar sem se preocupar com o disco saindo da rota sem querer.
Estratégia é crucial
Ao longo do jogo o design dos mapas se tornam bem complexos, me deparei diversas vezes checando no mapa no meio da fase para saber se estava indo na direção certa ou apenas dando voltas. É notável que deve haver atalhos ou lugares específicos para se lançar o disco, uma vez que concluído a fase com 57 lançamentos e o número mínimo para ganhar três estrelas é cerca de 12.
Além disso, vasos são espalhados nos mapas e você deve atingi-lo com o disco – gastando um lançamento para tal – para adquirir cosméticos tanto para o disco quanto para o próprio personagem. As skins de ambos são muito bonitas e não afetam em nada no jogo, seu propósito é somente visual.
Fique bonito e não mostre para ninguém
Assim como na vida real, é divertido mudar a roupinha nos jogos também, o mesmo se aplica em Disc Ninja, os modelos dos discos trazem belos desenhos e se tornam o grande atrativo dos cosméticos. Já o do boneco não faz muita diferença, uma vez que você só enxerga as próprias mãos.
Para este caso, serve o modo multiplayer, entretanto, dentro do período no qual eu testei o jogo não consegui encontrar nenhuma partida sequer, mesmo com o anúncio na época de um novo modo exclusivo para o modo online. Fiquei cerca de dez minutos esperando alguma partida e nada.
Não culpo o jogo por este fator, uma vez que óculos VR não é um equipamento de fácil acesso para a grande maioria, principalmente no Brasil, caso encontrasse alguma partida, provavelmente seria com ping alto por ser em servidor estrangeiro.
Um exercício diferente
Considerando o período de pandemia e muito tempo sentado na cadeira, jogar algumas coisas que exigem mais do corpo sempre se tornam uma opção saudável e ao mesmo tempo divertido.
Disc Ninja não foge muito dessa gama, apesar de não exigir muitos movimentos do corpo como um todo como o famoso Beat Saber e outros FPS de VR, pode ser uma opção um pouco mais tranquila e diferente de muitos títulos saturados para a plataforma.
O jogo também não exige muito espaço de jogo uma vez que não há movimento e tudo é estático, mas é extremamente recomendado utilizar algo que prenda os controles nos pulsos, assim não solta sem querer e sai voando em algo ou alguém.
NOTA: 7/10 vezes que usei o auxílio do jogo porque não acertava nunca