Review – O Bom Dinossauro

Aquilo que você deixará por aqui.

É bem peculiar ver a Pixar trazendo dois filmes em um espaço de tempo tão curto. Após um período nebuloso de continuações e spinoffs esquisitos (ainda tento entender o que é Aviões), o amado estúdio responsável por Toy Story voltou a acertar com ‘Divertidamente’ e agora com ‘O Bom Dinossauro’.

Neste novo filme somos apresentados a uma Terra alternativa, onde o meteoro não atingiu o planeta, fazendo com que os dinossauros evoluíssem e tornassem a raça dominante. Conhecemos o apatossauro Arlo, que é o menor e mais fraco de sua família. Após um evento decisivo, o pequeno dinossauro saí em uma aventura em busca de conseguir deixar sua marca (literalmente).

A Pixar sempre possuiu uma habilidade de criar uma fábula moderna, com uma moral a ser passada aos espectadores e O Bom Dinossauro não é diferente neste aspecto. Ele utiliza de um argumento literal de deixar uma marca, por ser uma tradição da família de Arlo de marcar o silo quando se atinge um feito a ser lembrado, para mostrar como todos os indivíduos tem sua chance de serem lembrados de alguma maneira. Para isso, Arlo passará por uma jornada onde conhecerá Spot, um humano com comportamento animal que o ajudará ganhar coragem.

Em questões de roteiro, O Bom Dinossauro é mais infantil que Divertidamente, isso não é uma ofensa em qualquer momento. A história é direcionada para crianças, mas os pais podem gargalhar com algumas piadas durante o filme. Porém o mérito deste longa é sem dúvidas a qualidade visual de suas paisagens, muitas sendo difíceis de distinguir entre animação e realidade.

O Bom Dinossauro é a prova de que a Pixar continua apta a produzir obras de arte animadas, com roteiros encantadores e tocantes, fugindo da sombra maligna de continuações de péssima qualidade. O amado estúdio mostra que está de volta e ainda é capaz de reduzir adultos às lágrimas com bons personagens.

O Bom Dinossauro estreia nos cinemas no dia 7 de Janeiro.

Kaio Augusto

Uma pilha gigante de referências. Perdido entre produções orientais e ocidentais, seja nos games, música,literatura, cinema ou quadrinhos. Gasta horas pensando em aventuras de RPG de mesa, teorias malucas ou apenas o que fazer em seguida.