Crítica – Doutor Estranho

A magia é introduzida no universo da Marvel de um modo lindo e estrondoso

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Em um mundo onde existe super soldados, Deuses na Terra, alienígenas, playboys, milionários, filantropos e até mesmo guardiões de uma galáxia, eis que a Marvel introduz O Mago Supremo para seu universo cinematográfico, o Doutor Estranho.

Lembram do primeiro filme do Homem de Ferro em que somos apresentados pela primeira vez ao Tony Stark? Nisso ele acaba sendo atacado e sequestrado e assim começa sua jornada para ser o herói de armadura. Em Doutor Estranho temos basicamente essa mesma fórmula, mas ao invés de uma armadura, temos Magia. Doutor Stephen Vincent Strange é um neurocirurgião renomado e, também um playboy e milionário, que após um acidente de carro suas mãos são gravemente avariadas e sua coordenação motora chega a ser incurável. Sua jornada em busca da cura o leva a Kamar-Taj e ele acaba descobrindo muito mais do que já conhecia.

A introdução do Doutor Stephen Strange é muito bem segmentada e apresentada por Benedict Cumberbatch, vemos que ele é uma pessoa arrogante e que se acha o melhor, não somente no que faz, mas também em muitas coisas de seu conhecimento em geral, elevando sempre seu ego em volta de todos. Após o primeiro ato é notável uma leve mudança em seu caráter mas, como sempre, o ego fala mais alto. Tanto o filme quando Cumberbatch apresentam muito bem estas discrepâncias ao decorrer do filme, sendo um filme de origem simples e direto.

Durante seus ensinamentos, Stephen conhece a Anciã (Tilda Swinton), uma maga que tem conhecimentos além do alcance e do tempo. Um ser poderoso e um tanto quanto questionável, a Anciã tem seu fiel seguidor, Mordo (Chiwetel Ejiofor) que acredita e confia cegamente nela desde que encontrou Kamar-Taj. Ambos estão muito bem no papel com seus detalhes, belas apresentações e desfechos apropriados e bem segmentados.

Já como vilão, temos Mads Mikkelsen no papel de Kaecilius, um bom vilão, seus motivos e propósitos são simples, que qualquer um teria, mas o que ele causa, desencadeia algo além do imaginado, tornado-o um pivô para algo ainda maior que fica bem perceptível no filme.

Em Doutor Estranho nós vemos pela primeira vez a Magia no universo cinematográfico da Marvel. O filme faz isso de uma maneira belíssima com incríveis efeitos visuais a todo momento. Magias que envolvem portais, dimensões e tempo são visualmente belas, muitas vezes lembrando de obras de Escher, famoso por pinturas onde seu olhar se confunde. É fácil se perder ao vislumbrar os efeitos a sua volta.

Sua trilha sonora é boa, mas não entra em tanto destaque quanto nos filmes do Homem de Ferro ou Guardiões da Galáxia, por Stephen Strange ter um gosto mais requintado, suas músicas são diferentes, o que colabora muito para a apresentação do personagem.

Doutor Estranho é um excelente filme que introduz muito bem seu novo segmento no universo e a terceira fase de seus filmes, ótimos easter eggs e referências que farão os fãs vibrarem na cadeira do cinema ao perceber cada um. O filme vale muito o ingresso.

Doutor Estranho estreia dia 3 de Novembro.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.