Review – West of Dead

West of Dead traz inovações para o gênero Rogue-Lite, mas com alguns bugs que incomodam bastante

Há muitos motivos para dar uma olhada em West of Dead, desenvolvido pela Raw Fury. A estética de Cowboys e bang bang está em alta em muitos jogos agora. Cheio de narrações na voz de Ron Perlman, que você deve conhecer dos filmes Hellboy de Guillermo Del Toro. West of Dead traz grandes e abrangentes ideias que funcionam bem, porém, suas minúcias, desde escalar a dificuldade dos encontros até inimigos não refinados e alguns pequenos bugs, ameaçam desfazer a experiência a qualquer momento.

Kiss Kiss Bang Bang

A história de West of Dead vem de conceito já observado em certos contos da cultura pop, viver o seu inferno repetidas vezes. No Purgatório, os mortos pararam de filtrar “leste” para o céu ou “oeste” para o inferno. O jogador entra na pele, ou melhor dizendo, esqueleto de um cowboy morto-vivo chamado Marshall que perdeu sua memória, salvo por sua missão de matar o pregador do mal que está segurando a vida após a morte. Embora seja mais uma cola narrativa do que uma narrativa cativante, o monólogo interno do Marshall, em uma narração moderada de Perlman, mantém a história em mente, evocando um mundo que você pode não ver em seus níveis genéricos e monótonos com o tema do Velho Oeste.

Como muitos dos jogos inspirados no gênero Rogue-lite, a história naturalmente desaparece em um certo ponto, conforme você joga e repete o jogo indefinidamente, tentando alcançar seu objetivo. West of Dead mantém muitos dos tropos estabelecidos por outros jogos que já foram lançados nos últimos anos, e preserva sua estrutura especificamente da versão de grande sucesso de 2018, Dead Cells.

West of Dead gera processualmente níveis longos, que são pontuados com uma loja onde você consegue expandir permanentemente seu arsenal de armas. Em cada corrida, você encontra atualizações para suas especificações e equipamentos mais poderosos. Ao derrotar chefes opcionais, você ganha acesso a caminhos ramificados com níveis mais difíceis. Embora chegue perigosamente perto de ser rotulado como um “clone de Dead Cells”, o uso de estruturas familiares torna mais fácil se concentrar no combate em West of Dead, onde estão suas verdadeiras inovações.

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Não fique de cabeça quente

A geração procedural do jogo parece desigual. Existem fases claras em cada versão de cada nível – salas para introduzir novos inimigos ou onde você deve encontrar uma melhoria – que parecem idênticas (ou próximas a isso) em cada execução. Por exemplo, a primeira luta em cada nível tem sempre os mesmos inimigos. Ao mesmo tempo, certos elementos, como a colocação do inimigo, parecem completamente aleatórios, a ponto de você morrer nas mãos do azar em vez de jogar mal.

West of Dead constrói uma nova experiência baseada em avanços a partir de duas mecânicas pouco comumente usadas juntas, controle Twin-Stick e Cobertura (cover based). Como muitos jogos de Twin Stick, os inimigos procurarão se espalhar e flanquear, então é importante manter sua cabeça e sua mira girando. No geral, esses são os ingredientes de um grande rogue-lite, mas a experiência muitas vezes falha em atingir seu potencial por causa de decisões de design, grandes e pequenas, que tornam difícil avaliar a dinâmica entre o pensamento tático e o tiro rápido e preciso.

West Of Dead Review - Rogue-lite Cowboy - GameSpot

O Purgatório é real

Mesmo depois de vários patches, existem muitos bugs repetidos. Já vi balas passarem por inimigos bombistas suicidas, cães demônios mordendo paredes e uma série de falhas frustrantes, muitas vezes sem fim. Dado o quão frágil é o Marshall, qualquer falha que leve a danos, especialmente nos níveis posteriores, pode atrapalhar uma jogatina. Quando acontece uma vez, é uma decepção. Quando parece acontecer a cada poucas execuções, é um problema significativo.

Todas essas coisas juntas transformam um jogo que parece que deveria levar cerca de 10 horas para ser dominado em um trabalho muito mais longo. Depois de jogar por mais de duas vezes esse tempo, nunca consegui uma série de vitórias, mas não há muito o que ver ou conquistar. Os NPCs do jogo dizem exatamente as mesmas linhas no início de cada nova run. Torna-se uma chatice repetir as coisas dos mesmos níveis repetidamente, eles são semelhantes o suficiente para que pareça que você os memorizou, mesmo que os detalhes mudem. Quando você passa muito tempo no Purgatório repetidas vezes, começa a parecer um inferno.

NOTA: 7/10 vezes que morri por causa de algum bug

West Of Dead Review - Rogue-lite Cowboy - GameSpot

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.