Review – The Blackout Club

Um coop nos anos 80 ainda um pouco cru

Com uma mistura de Left 4 Dead, com a serie Stranger Things e o Clube dos Fracassados de IT, The Blackout Club, desenvolvido pela Question, é um jogo de terror adolescente em primeira pessoa, recheado de exploração, sustos e uma premissa um tanto quanto interessante.

Criado pela mesma equipe responsável por Bioshock e Bioshock II, em The Blackout Club o jogador tem a opção de jogar sozinho, porém o jogo se torna bem mais interessante em seu modo co-op que, além de divertido, requer uma boa tática na exploração dos cenários que podem variar entre casas abandonadas, terrenos, campos abertos em total escuridão, dentre outros. Ser cauteloso é essencial durante as missões, pois existem uma espécie de zumbis espalhados pela cidade e cenários, os quais qualquer movimento brusco ou barulho, com toda certeza você será prontamente atacado.

A inteligência artificial de The Blackout Club surpreende mas deixa desejar em certos momentos, pois realmente força o jogador a pensar muito bem antes de adentrar nas casas sem ao menos dar uma bela averiguada, mas é as vezes é fácil ludibriar e passar a perna por cima. Já no modo cooperativo, nem sempre quem está do outro lado tem essa mesma cautela, o que pode causar algumas irritações as vezes com seus companheiros.

Como todo jogo de exploração com um ar investigativo, ao seu dispor há inúmeros itens como pistolas, spray de pimenta e o celular, que é de fundamental importância no decorrer do game. Um ponto interessante do game é a evolução do seu personagem conforme você avança nas missões. É possível dar um upgrade na velocidade, ganhar itens como uma sirene (que ao ser acionada atrai os “zumbis” para onde você quiser), aumentar sua barra de energia dentre outros.

O visual deixa um pouco a desejar, com alguns bons efeitos de iluminação, mas trazendo toda uma atmosfera típica daqueles filmes de terror da década de 80 e 90, e o cuidado com os detalhes dos cenários merecem atenção. Já os efeitos sonoros são típicos dos games neste estilo, fazendo um bom trabalho nos momentos mais tensos e ajudando quando é necessário o silencio absoluto.

Um dos maiores problemas de The Blackout Club são suas missões. Repetidas e sem profundidade, não demora muito para que você se sinta sempre fazendo a mesma coisa, só que em cenários diferentes ou simplesmente invertidos. Ainda que você possa entrar em uma missão em andamento, atrapalhando a partida ou ajudando-a, é muito simplório. A jogabilidade traz algumas falhas como personagens travados nos cenários ou bugs ao subir ou descer das escadas.

The Blackout Club é um jogo interessante com uma boa premissa e um misto de ideias já vistas em outros títulos no mesmo estilo, porém deixa a sua assinatura com seu interessante modo cooperativo.

NOTA: 6/10 vezes que dei olé nos NPCs

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.