Review – Red Dead Redemption II
O Velho Oeste nunca fui tão acolhedor
Em 2010, a Rockstar Games surpreendeu a todos com Red Dead Redemption. Saindo das cidades e do caos urbano, voltamos no tempo do Oeste Selvagem com cavalos, bandidos, xerifes e tudo o que tem direito, com foco na história de John Marston em busca de sua redenção pelo passado de crimes e mortes. Oito anos depois é lançado sua continuação Red Dead Redemption II, este título se passa antes do primeiro, na pele de Arthur Morgan e sua gangue de foragidos Van Der Linde.
Um mundo de oportunidades
Uma nova história, um novo protagonista, um mundo totalmente novo. O começo do jogo tem um segmento que remete bem ao filme Os Oito Odiados de Tarantino, composto pela trilha sonora, cenários e personagens, é impossível que fãs não notem tais semelhanças. Em Red Dead Redemption II o jogador encarna Arthur Morgan, um dos membros da gangue de Dutch, que fogem desesperadamente após um problema com um roubo em Blackwater. Seu único objetivo, sobreviver e fugir até a poeira abaixar.
O jogo traz um mundo enorme e cheio de detalhes, dando oportunidade para o jogador fazer o que quiser e quando quiser. Uma das belezas da Rockstar Games é dar um tutorial dentro das próprias missões e assim, seu prólogo ensina grande parte do que é possível explorar dentro do mundo de Red Dead Redemption 2 e nos apresenta a história e seus personagens.
Cace, colete, sobreviva
Um dos elementos mais interessantes incluídos em Red Dead Redemption II é o de caça e pesca. Elementos que de início parece ser somente um hobby, mas ao avançar percebe-se que é necessário, tanto para melhorias de equipamentos, mecânica já utilizada em outros jogos, como para alimentação da gangue e do próprio personagem. É possível abordar da maneira como quiser na caça, seja colocando iscas, utilizando arco e flecha ou até mesmo cavalgando pra cima com uma espingarda, mas vale mencionar que quanto mais limpa for a caça, melhor sua qualidade.
Cuidar da saúde de Arthur é um fator que afeta em sua jogabilidade, se consumir muita comida ele pode ficar acima do peso e logo não correrá tão rápido. Se ele deixar de dormir por dias, pode perder o fôlego mais rápido pelo cansaço. Exagerar na bebida gera um resultado tanto quanto engraçado, não somente por deixa-lo bêbado, mas as letras no jogo se embaralham também.
Dinheiro sempre foi um fator essencial nos jogos da Rockstar Games, além das missões principais e secundária dentro do mundo de Red Dead Redemption II, o jogador tem a oportunidade de ganhar dinheiro da maneira que desejar, seja assaltando lojas e trens, jogando pôquer ou Blackjack, dominó ou até mesmo caçando pessoas procuradas pela lei, vivos ou mortos.
Seja um fora da lei bonzinho
Algo que já existia no título anterior é a barra de moral, dependendo das atitudes do jogador, afeta a moral do personagem, logo o jeito como as pessoas agem ao redor muda. Você pode ser cumprimentado por todos e ganhar altos descontos em todas as lojas ou ser xingado e malvisto por todos nas cidades.
Tudo que for feito com relação às pessoas dentro do jogo afetam a moral de Arthur, tanto dentro de missões quanto fora delas. Portanto, caso se importe, é bom ficar atento onde está o marcador nessa barra. A interação com todos à sua volta está ainda melhor, é possível cumprimentar ou hostilizar qualquer um que cruzar seu caminho.
Saque!
O arsenal disponível em Red Dead Redemption II está ainda melhor e mais aprimorado. Além de variadas opções de pistolas, rifles e escopetas, é possível aprimorar cada uma delas no seu mínimo detalhe. Customize as armas da maneira que bem quiser em cores, tipos de madeira e até mesmo entalhes nos cabos e ferros.
Os diferentes tipos de balas ajudam em diferentes maneiras, algumas causam mais dano, outras mais apropriadas para caça. Arthur é uma pessoa bem versátil e consegue customizar suas balas também.
O famoso duelo mantém sua essência e ficou ainda mais fácil, porém desafiador. Caso demore no saque, Arthur terá alguns furos em seu corpo e não haverá história para contar. Portanto, é preciso foco e agilidade para sair vitorioso no duelo.
Cavalgue como o vento
Muitos jogos já utilizaram cavalos como meio de transporte, cada um com seu sistema próprio de cavalgada. Red Dead Redemption II aprimorou o seu desde o último título e trouxe melhoras não somente ao utilizar o cavalo, mas também em todo o sistema em volta de status dos pangarés.
Um sistema que se assemelha ao de Zelda Breath of the Wild, cada cavalo tem status próprio em aceleração e velocidade. Com cores e tamanhos variados o jogador tem uma enorme gama de corcéis a serem domados, comprados ou até mesmo vendidos.
Cuidar do jovem pé de pano é importante também, alimentar, fazer carinho e escovar faz muita diferença e cria afinidade entre ele e Arthur, desbloqueando habilidades e facilitando ao cavalga-lo.
Uma pequenina agulha em um enorme palheiro
Antes de seu lançamento foi divulgado que o jogo teria cerca de 60 horas de história principal, se for contar com missões secundárias e variadas atividades disponíveis, é muita coisa para pouco tempo. Se o jogador se cansar de fazer algo, sempre haverá outras coisas a se explorar dentro do Oeste Selvagem. É sempre bom ficar atento durante os percursos entre cidades que alguma atividade sempre pode surgir e valer muito a pena.
Seja fã ou não da série ou do estúdio, Red Dead Redemption II é um prato cheíssimo e uma bela experiência para este ano, e com certeza um dos mais aclamados da Rockstar Games. O jogo já está disponível para PS4, Xbox One e em 4K para Xbox One X.
Esta Review foi feita através de uma cópia física de PS4 disponibilizada pela Ecogames, distribuidora oficial de Red Dead Redemption II no Brasil.