Review – Metro Redux para Nintendo Switch

Sobrevivendo ao apocalipse nuclear de forma portátil

Com tantos jogos recebendo versões para o Nintendo Switch, alguma pessoas podem ter a experiência de certos títulos que deixam passar na época. No meu caso foi poder conhecer dois games da franquia Metro, o que me despertou a curiosidade de saber como história de Artyom em Last Light. Essa é um pouco da minha jornada em Metro Redux para o Switch.

Lá em 2010, quando Metro 2033 saiu pela primeira vez, eu havia tentado engajar um pouco nele no Xbox 360, mas algo na jogabilidade dele não havia me pego. Foi quando decidi ler o livro de Dmitry Glukhovsky que serviu como inspiração para o desenvolvimento dos games. Apesar de uma leitura densa, aquele universo apocalíptico hostil e misterioso  me fisgou. Para quem não sabe, o livro e os jogos se passam em um cenário onde o planeta foi devastado por uma guerra nuclear. Para sobreviver, os humanos de Moscou se abrigaram nos túneis de metrô, criando sociedades próprias nas estações. Na superfície, criaturas bizarras chamadas de “Dark One”e o ar carregado de radiação ameaçam quem tente subir.

A franquia traz a história de Artyom, um sobrevivente que recebe a missão de eliminar os dark ones para ajudar as pessoas que habitam os túneis, enquanto enfrenta não apenas esses monstros como também bandos de humanos que se juntaram sobre ideologias próprias e distorcidas, como neo-nazistas. É comum ver pessoas tendo um certo preconceito com jogar um first person shooter no Nintendo Switch, entre os motivos está principalmente o fato do console não ter todo o poderio gráfico de um PS4 ou Xbox One. Games doe gênero mais recentes realmente tiveram complicações, como Wolfenstein 2: The News Colossus, que sofre sérias quedas na taxa de quadros nas cenas de tiroteio mais frenéticas.

Metro Redux, por sua vez, vai totalmente na contramão disso. Ambos os jogos, até por serem um pouco menos recentes, rodam muito bem no Switch. Mesmo as situações onde os games colocavam muitos elementos na tela, o ritmo se mantinha mas estável, sem perdas muito indesejadas na taxa de quadros. O problema, que não é do jogo e sim do console, talvez sejam os botões. No modo portátil fica um pouco mais complicado ter um performance melhor no jogo. O que é essencial, já que a munição aqui serve como dinheiro, sendo essencial não desperdiçar nenhum tiro. Se puder, prefira jogar sempre no modo TV, talvez até mesmo utilizar o pro controller torne o jogo ainda melhor.

Metro Redux é um pacote que traz tanto Metro 2033 e Metro: Last Light para Nintendo Switch é uma ótimo jogo para quem está procurando uma boa história em um FPS. O ambiente de sobrevivência oferece a jogabilidade a necessidade de ser mais estratégico, pedindo para que o jogador analise e saiba como utilizar os recursos para vencer as próximas batalhas. Até mesmo detalhes como limpar a máscara de gás ao caminhar por ambientes abertos somam à tensão deste universo. Nota 9/10 ratos mutantes assustadores.

 

 

Kaio Augusto

Uma pilha gigante de referências. Perdido entre produções orientais e ocidentais, seja nos games, música,literatura, cinema ou quadrinhos. Gasta horas pensando em aventuras de RPG de mesa, teorias malucas ou apenas o que fazer em seguida.