Review – Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name

Sempre estive cercado por amizades que enaltecem a franquia Like a Dragon (Yakuza, no Ocidente), mas nunca tive curiosidade de conhecer este universo criado pela SEGA que existe desde 2005. O mais recém lançado, Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name, foi minha porta de entrada e posso dizer que fui pego pelo drama japonês em conjunto de muita porradaria.

The Man Who Erased His Name apresenta uma história consideravelmente curta quando comparada com títulos anteriores, que serve tanto como um ponto inicial para novos jogadores, quanto um prato cheio para os fãs da franquia e dos personagens que o cercam.

O homem que bate em todo mundo

Em The Man Who Erased His Name você joga com Joryu, mais conhecido como Kazuma Kiryu que forjou sua morte para proteger pessoas queridas a ele. Apesar da nova identidade, criada com intuito de se esconder da Yakuza, ele continua atuando nos mesmos cenários em uma nova organização e cacetando qualquer um que encrencar com ele.

A história como um todo tem um tempo considerável de jogatina, que felizmente não se arrasta muito e mantém um ótimo ritmo entre as cenas e as partes de gameplay. Com momentos e personagens cafonas que dão o ar da graça em algumas partes, outros momentos você também pode se encontrar emocionado e possivelmente chorando.

Mas o que realmente pode fazer você gastar umas boas horas no jogo são as atividades secundárias, como algumas missões, combates na Arena, e em especial, os mini games.

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O homem que adora karaokê

Eu perdi noção do tempo com quase todos os mini games disponíveis em The Man Who Erased His Name. Alguns você visita através de missões principais ou secundárias, mas a grande maioria você encontra por conta própria e cabe a você querer jogar ou não.

As atividades variam desde karaokê (famoso dentro da franquia com Baka Mitai), dardos, Shogi (xadrez japonês), Mahjong, carteado (não tem Truco), sinuca e muitos outros. Com estilos de gameplay diferentes, algum possivelmente irá chamar sua atenção. No meu caso foi sinuca. Passei mais tempo naquela mesa do que avançando na história principal, relembrando os bons tempos de Carom 3D.

Caso não saiba as regras, não há problema, o próprio jogo disponibiliza um breve guia que ensina passo a passo o seu funcionamento, mas é necessário atenção, pois não basta só aprender na teoria. Sofri bastante até entender o que estava acontecendo em jogos mais tradicionais.

Tais atividades são muito gratificantes, especialmente se você vencer, e ajudam a arrecadar um bom dinheiro que pode ser usado para comprar itens, equipamentos e melhorar o dois estilos de luta que Joryu possui. Caso você prefira sair batendo em geral, a Arena é o melhor lugar para isso.

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O homem que todo mundo reconhece

Ao longo da história você vai utilizar dois estilos de combate para superar todos os inimigos em seu caminho, o estilo Agente e o estilo Yakuza. Com ações especiais e golpes únicos, esses estilos são recomendáveis em diferentes situações. O Agente é recomendado para grupos maiores de adversários, já o Yakuza demonstrou ser mais viável em combates 1v1.

Entretanto, nada impede você de usar o inverso, trocar a hora que quiser ou usar o que preferir. Cada um apresenta golpes únicos que devem ser adquiridos com dinheiro e pontos obtidos através de missões secundárias. Devo dizer que o combate é bem intuitivo, apesar de um pouco difícil de se acostumar no início, pois não basta ficar apenas pressionando soco sem parar, esquivar é tão importante quanto.

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Like a Dragon Gaiden: O homem que me fez chorar

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name me pegou de surpresa em todos os elementos possíveis. Sua história dramática, combate, atividades e missões secundárias, não senti problema algum enquanto explorava e corria pelas ruas de Kamurocho.

A experiência se tornou ainda mais agradável com a excelente localização de legendas e interface em PT-BR do jogo, com o constante uso de expressões e palavrões que até me deixavam desconcertado em certas falas. É de se esperar que futuros jogos da SEGA agora sejam localizados, como Persona 3 Reloaded e Persona 5 Tactica apresentando o mesmo.

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Começar a franquia por The Man Who Erased His Name foi uma excelente escolha. Apesar de não saber muito da história de Kyriu e outros personagens conhecidos, deu para perceber que a própria história do jogo funciona sozinha, mas serve como uma introdução para jogadores que se interessarem, como eu.

Após alguns dias terminado, coloquei Yakuza 0 para baixar, me preparando para a próxima iteração Like a Dragon: Infinite Wealth, no qual tive a oportunidade de jogar a demo e fiquei bem empolgado para o seu lançamento.

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name já está disponível para PlayStation 4|5, Xbox One, Xbox Series X|S, Xbox Game Pass, PC (Steam/Game Pass).

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name: Uma nova iteração do universo da franquia Yakuza que serve como uma ótima porta de entrada para novatos da franquia, além de um mundo cheio de referências para os fãs, que faz ligação direta com o próximo jogo Like a Dragon: Infinite Wealth. Otto

9.5
von 10
2023-12-14T16:52:29-0300

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.