Review – I Am Setsuna

É o irmão espiritual de Chrono Trigger, só que com mais piano e neve, muito mais

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I Am Setsna é um jogo de RPG tradicional que foi lançado no Japão em fevereiro, com um sistema de batalha inspirado no clássico Chrono Trigger. Para manter a paz, uma vez por década, um sacrifício é oferecido a o demônio da ilha. No entanto, em um ano, o demônio cresceu violentamente antes do próximo sacrifício ser oferecido. Os habitantes da ilha com medo, tentam acalmar o demônio, oferecendo um sacrifício, Setsuna, escolhida por causa de seu poder de encantamento. Setsuna deve sair com seus guarda costas para uma terra distante, onde a cerimônia de sacrifício será realizada.

I Am Setsuna é basicamente um jogo nostálgico para os adoradores de Chrono Trigger, mas também pode ser bem aproveitado por pessoas que gostam de RPGs Japoneses (JRPG). O jogo traz uma mecânica bem simples e clássica de qualquer RPG, o combate de turnos, onde tanto seus personagens quanto dos inimigos atacam de tempo em tempo e escolhem seus golpes para eliminar o adversário.

A história de I Am Setsuna não vai muito além do que conhecemos já, caso você seja um apreciador de JRPG. Temos Endir, um mercenário que aceita qualquer trabalho contanto que seja pago pelos seus serviços, seja caçar monstros ou até mesmo assassinar certos alvos. Em seguida somos apresentados à Setsuna, uma garota simples que, honrosamente, será o sacrifício para salvar a ilha da destruição, e sua amiga fiel Aeterna, uma viajante que chegou a vila de Setsuna e acabou tornando-se guarda costas dela. Estes são os três primeiros, mas não irei dizer mais para não dar spoiler.

Alguns personagens são simplesmente jogados para você e acabam se juntando ao grupo podendo ser utilizado nos combates, outros tem sua história contada mas de maneira bem rasa, tudo acaba sendo muito corrido com relação à personagens.

Os cenários são muito bonitos, tirando o fator comum que tem em todos eles, neve. Não importa para onde for, haverá gelo e neve a sua volta, não deixa de existir beleza nisso, mas em terra de nevasca quem tem grama é rei, nisso os que mais se destacam são algumas vilas bonitinhas, e pequenas, e locais com pouca neve. Acompanhado de tudo isso, temos uma bela trilha sonora com pianos composta pelo Tomoki Miyoshi, que compôs Souls Calibus V e o anime Steins Gate. Seja em um momento de história dramática, seja andando por ai, as vezes mesmo no combate existem pianos tocando no fundo. Não é de todo ruim, mas mudar uma vez ou outra é sempre bom para não ficar na mesmice ou apenas para tirar o tom melancólico do jogo. Alguns tons até remetem partes da trilha do Final Fantasy VII, como a música de vitória.

I Am Setsuna infelizmente não chega a ter escalão de jogo do ano, toda a expectativa criada em cima do jogo foi de nostalgia pura, assim como foi com Doom e assim será com o futuro Quake Champions. Admito que me senti muito bem ao jogar I Am Setsuna, e quando soltei o primeiro golpe em conjunto no combate vibrei de emoção, não tiro crédito algum do jogo, mas coisas que acabaram tirando um pouco a emoção foi que o jogo é muito linear. Não existem missões secundárias ou muitos lugares para se explorar. Apenas siga em frente, converse com as pessoas necessárias, lute, continue seguindo em frente e repita.

Se você é uma pessoa que gosta de JRPG puro, I Am Setsuna deve ser jogado, mas não com muitas expectativas, apenas para reviver os momentos nostálgicos que Chrono Trigger nos trouxe. Personagens clichês, história que nos primeiros trinta minutos dá pra adivinhar tudo e trilha sonora melancólica. Jogo sem ver o tempo passar!

I Am Setsuna já está disponível para PS4, Ps Vita e PC.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.