Review – Horizon Chase Turbo

Acelere rumo ao horizonte na versão de PS4

Em 2015, a Aquiris Game Studio lançou para mobile o seu jogo que prestava homenagem à jogabilidade clássica de Top Gear. Não ficando apenas com a a maneira de correr do game de Super Nintendo, a empresa trouxe até Barry Leitch para cuidar da trilha sonora.  Agora, três anos depois, Horizon Chase Turbo chega para os consoles.

Horizon Chase Turbo emula a experiência dos games de corrida da era 16-bit, onde o jogador, como o nome já diz, persegue o horizonte. Não há muito mistério na jogabilidade, sendo um dos jogos deste gênero mais intuitivo em muito tempo. Não há mecânicas complexas, apenas botões para acelerar, frear e ativar um boost de velocidade. A cara mais arcade que Horizon Chase Turbo oferece é um frescor em meio a simuladores mais parrudos com gráficos que replicam perfeitamente cada veículo. Perto de títulos como Gran Turismo e Forza, Horizon Chase Turbo é quase como brincar de carrinhos. E não há nada de errado em querer isto de vez em quando.

A direção de arte do game evolui muito bem o visual que Top Gear apresentava. Os gráficos em 16-bit dão espaço à designs em low poly , porém muito arrojados se comparados a outros jogos que utilizam a técnica. Os cenários são cheios de charme e trazem uma abordagem nostálgica, onde cada pista possui elementos do país ou região que se encontram. Além disso, o asfalto emula o padrão hipnótico de jogos de corrida do passado. É comum “perder a visão” após algumas horas de Horizon Chase Turbo, onde você se pega focado apenas em qual é lado certo que seu carro deve virar.

Apesar de ainda ter um forte elemento mobile, exigindo que o jogador repita os percursos para conseguir tempos e colocações melhores, Horizon Chase Turbo diverte por horas. A versão para consoles ainda acrescenta novas modalidades que são desbloqueadas ao longo do jogo. Horizon Chase Turbo é hipnótico e divertido, prendendo a atenção em uma repetição que não se torna cansativa.

 

 

Kaio Augusto

Uma pilha gigante de referências. Perdido entre produções orientais e ocidentais, seja nos games, música,literatura, cinema ou quadrinhos. Gasta horas pensando em aventuras de RPG de mesa, teorias malucas ou apenas o que fazer em seguida.