Review – 2064: Read Only Memories

Um belo mundo cyberpunk com ótima narrativa

De tempo em tempo, jogos, filmes, séries e livros começam a abordar um tema que vira febre durante uma temporada. Algumas como zumbis, espionagem, piratas e muitos outros. Desde o início de 2018 os jogos com temática cyberpunk estão em ascensão. Apresentando um universo totalmente conectado e eletrônico, pessoas equipadas com melhorias mecânicas, um mundo sujo e corrompido pela podridão humana, compõem este universo místico e tecnológico. 2064: Read Only Memories (2064: ROM) nos apresenta este mundo bem construído e com uma bela história de intriga e investigação.

Desenvolvido pela MidBoss, 2064: Read Only Memories é um point and click narrativo em Pixel arte de mistério e investigação, com grande inspiração em jogos da década de 80 e 90 como Snatcher, Gabriel Knight e Rise of the Dragon. Nele, o jogador entra na pele de um jornalista que mora em Neo-San Francisco, um mundo cuja empresa conhecida como Parallax criou robôs chamados de “Gerente de Relacionamentos Organizacional” ou ROMs, basicamente o mesmo que em Detroit: Become Human, mas com outro nome. Um dia qualquer, um robô chamado Turing aparece em seu apartamento e informa que seu amigo Hayden, engenheiro da Parallax, foi sequestrado, e cabe aos dois à encontra-lo o mais rápido possível, mas tudo por baixo dos panos.

O gameplay consiste em basicamente selecionar e escolher entre quatro opções do que fazer com tal objeto ou pessoa, seja utilizar item do inventário, observar, tocar ou falar. Um jogo que atrai atenção de pessoas das décadas citadas acima e talvez algumas de hoje em dia. O foco mesmo segue na narração e nos diálogos que ocorrem entre o jogador e o personagem, na observação de cenário e objetos a sua volta e no mistério que procede o jogo.

Os puzzles não chegam a ser tão difíceis, se o jogador observar bastante os cenários e lembrar dos itens em seu inventário, não será problema resolver quaisquer que sejam.

De início, 2064: Read Only Memories pode parecer um pouco monótono e cansativo, mas uma vez fora do apartamento, o jogador começa a explorar uma São Francisco tecnológica e seus cidadãos. Um jogo que traz uma vibe mais calma e atenciosa a detalhes, diferentes de muitos de hoje em dia, com diálogos rápidos e gameplay frenético. Para o Nintendo Switch, jogar na tela do console é um prazer a parte, uma vez que sua dimensão se encaixa perfeitamente. Pode ser um pouco desconfortável jogar 2064: ROM em uma TV de LCD por conta de seus gráficos, mas a portabilidade do console garante momentos propícios para se aproveitar. 2064: ROM é um jogo perfeito para se aproveitar durante uma viagem ou matar um tempo em lugares de grandes esperas.

A arte de 2064: ROM é de se tirar o chapéu. Com visuais bem trabalhos, cenários coloridos e pixelados, o jogo traz uma bela paleta de cores e características únicas para cada personagem encontrado. Não chega a ser um Cyberpunk 2077, mas agrada aos amantes de pixel art. Sua trilha sonora em 32bit com uma nuance synthwave encaixa perfeitamente com seu universo.

2064: ROM não é um jogo para qualquer público, mas vale dar uma chance e experimentar um jogo desse gênero nos anos atuais. Amantes de cyberpunk podem tirar grande proveito também e conhecer um outro modo de contar uma história de mesmo tema, além de livros, filmes e séries.

 2064: Read Only Memories já está disponível para PC, Xbox One, PS4 e Nintendo Switch.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.