Crítica – Sem Amor

O representante da Rússia escolhido para concorrer como Melhor Filme Estrangeiro no Oscars 2018 é o drama e suspense familiar Sem Amor

O longa é o quinto filme do diretor Andrey Zvyagintsev, que já concorreu ao Oscar por Melhor Filme Estrangeiro com Leviatã em 2014, além de já ter recebido o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 2003 com O Retorno. Sem Amor é um dos preferidos para ganhar o Oscar e já está indo muito bem nas premiações, tendo ganhado, por exemplo, o Prêmio do Júri no Festival de Cannes em 2017.

Sem Amor é um filme extremamente negativo e niilista que segue a história de um casal prestes a se divorciar. O filho do casal é ignorado pelos pais e criado sem nenhuma sombra de amor e carinho – por isso o nome do filme, que não podia ser melhor.

Enquanto planejam o futuro separados, a mãe com um novo namorado rico e o pai com uma namorada novinha que já está grávida de 8 meses, os pais tentam decidir o que fazer com o menino, já que nenhum deles tem espaço para a criança em suas novas vidas. Desamparado depois de ouvir o descaso dos pais com o seu futuro, o menino sai de casa e desaparece.

O filme, inicialmente bem parado e deprimente, se transforma em um suspense interessante pela busca do menino. Com ritmo intrigante e uma fotografia fria e bonita, Sem Amor acaba nos mostrando um pouco mais sobre aqueles pais e o passado que os transformou nessas pessoas egoístas do presente.

Sem Amor é um filme muito denso, triste e pessimista em todos os aspectos; mas traz discussões muito boas sobre relações interpessoais, culpa, arrependimento, repetição de padrões, hipocrisia e família. O filme é um lançamento Sony Pictures Brasil e estreia dia 08 de Fevereiro nos cinemas.

Texto por Marina Tuca Loretti