Crítica – Rogue One: Uma História Star Wars

Rogue One é prova de que Star Wars não precisa de Jedis para ser bom

Um mundo onde existe um governo opressor e controlador, querendo que todos aceitem seu controle e abaixem a cabeça para tudo que lhes é dito. Onde uma pessoa com o poder supremo e uma arma muito poderosa pode fazer com que um grande estrondo torne-se em um silêncio mortal num segundo. Não, não é o Brasil, é o universo de Rogue One: Uma História Star Wars. O primeiro spin off de uma saudosa saga que traz filmes de anos diferentes montando a ordem cronológica correta e tapando vários buracos.

Rogue One: Uma História Star Wars seguimos a história de Jyn Erso (Felicity Jones), filha do engenheiro que ajudou na construção da Estrela da Morte, arma mais mortal já criada pelo Império. Uma personagem forte e que sabe se virar, cujo objetivo é apenas sobreviver a tudo que está acontecendo a sua volta, mas ao conhecer os membros da Aliança Rebelde, Cassian Andor (Diego Luna) e o droide K-2SO (Alan Tudyk), seu propósito muda na descoberta de que seu pai está vivo e ainda há chance de resgatá-lo. Uma “heroína” que não queria estar lá e ajudar a Aliança, apenas rever o seu pai. Seus objetivos são claros e tudo a torna incrível com seu amadurecimento em meio a tudo.

Cassian e K-2SO são a dupla que podemos denominar como “Han e Chewie”. Sempre com diálogos engraçados e discutindo sobre o que acabar fazendo. Em muitos quesitos, o droide rouba a cena com seu sarcasmo e jeito sistemático de apresentar suas ideias. Ele apresenta uma personalidade forte e ganha um grande destaque em comparação com outros droides da Saga como BB-8, C-3PO e R2-D2. Já Cassian atrai pelo seu questionamento em estar fazendo o certo ou não pela Aliança Rebelde.

Ao decorrer da história é notável um roteiro e enredo muito bem trabalhado e com belas analogias do que ocorre no mundo de hoje em dia, como muitos SciFi obviamente, mas Rogue One: Uma História Star Wars consegue trazer de uma maneira belíssima ao conhecer o personagem de Forest Whitaker, Saw Guerrera, Chirrut Îmwe (Donnie Yen), Baze Malbus (Wen Jiang) e muitas das partes do conselho da Aliança Rebelde.

A dupla inesperada, Chirrut e Baze é cativante desde o momento que aparece. As cenas de luta envolvendo Donnie Yen são muito bem coreografadas que remetem muito de seus filmes de artes marciais como a trilogia Ip Man e Kung Fu Killer. Um homem cego, bem humorado e que acredita na força unido a um grande amigo cético e protetor, essa é uma dupla que não se vê em qualquer lugar. O bromance existente entre eles os tornam favoritos até o fim.

Um personagem que mal aparece, mas não é o menos importante é o de Mads Mikkelsen, Galen Erso, afinal, ele é o que faz todo o enredo de Rogue One: Uma História Star Wars rolar. Um personagem sério que fez de tudo para proteger sua família, principalmente Jyn Erso, sua filha. Sacrificou seus ideais e relutou tudo por ela, por ter pouco tempo em cena não cativa muito, mas representa uma boa figura paterna.

O piloto Bodhi Rook (Riz Ahmed) funciona como um personagem suporte, um piloto Imperial que tem como objetivo entregar uma mensagem de Galen Erso para Saw Guerrera. Nesse momento ele se questiona e percebe que é o certo a se fazer, ao observar tudo que o Império anda fazendo com todos. Sua chance de se redimir é fazer esta entrega e se unir à força Rebelde.

Rogue One: Uma História Star Wars, tem um ótimo enredo e uma história que encaixa perfeitamente na Saga, tapando muitos buracos e principalmente um que existe no início de Uma Nova Esperança que muitos questionavam, isso sem dúvida, Rogue One fez muito bem. A partir de certa parte do filme, para quem conhece a história do episódio IV, fica perceptível o desfecho do filme. Aparições que deixaram muitos fãs arrepiados e pulando da cadeira são colocadas de maneiras bem pontuais e não aparece somente Darth Vader nesse meio não. A única parte ruim do filme acaba sendo um romance forçado entre Jyn e Cassian, a tentativa de colocá-los como casal acaba arrastando um pouco no decorrer da história.

 No geral, Rogue One: Uma História Star Wars é um ótimo filme para se encerrar o ano e manter na expectativa do episódio VIII desta incrível Saga. O filme já está disponível nos cinemas.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.