Crítica – O Protetor 2

Denzel Washington retorna para o papel de Robert MCall, na primeira continuação de sua carreira

Se tem uma coisa que ajudou Denzel Washington a construir sua fama, foi o fato dele nunca aceitar fazer continuações. Não importa quão populares seus filmes sejam, a regra pessoal dele sempre foi a de nunca aceitar convite para continuações, o que nos leva a um ponto interessante.

O Protetor 2  é um momento marcante na carreira de Denzel Washington, que pela primeira vez em seus 63 anos de idade, aceitou revisitar um papel. Muitos questionaram o que teria mudado para Washington, para ele finalmente abrir uma exceção, já que era uma regra extremamente pessoal. A resposta é simples, e pode ser respondida assistindo ao próprio filme.

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Washington, sendo o ator versátil que é, mostra como se conecta com Robert Mcall, e como esse personagem carrega tanto de si. Apesar de Denzel Washington dar o melhor de si pelo papel, O Protetor 2 não é um filme muito bom. Diferente de filmes de ação como “007” e “Missão Impossível”, O Protetor 2 foi escrito de maneira simples, direta e despretensiosa. Isso é evidente pelo roteiro, e francamente não faz mal nenhum para o produto final que o filme é.

Uma das coisas que mais marcam durante o filme é como o personagem de Washington parece realmente cansado, e disposto a seguir em frente e deixar seu passado como ex-militar para trás. Fica essa impressão de que esse é um pedaço do personagem que Washington se identifica, pois agora aos 63 anos de idade, vem se distanciando bastante do que estava acostumado a fazer 20 anos atrás, fazendo até mesmo parte de papéis premiados na Broadway.

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O Protetor 2 segue a fórmula do “filme de ação do velho cansado”, uma fórmula que tem se provado mais do que eficaz nos últimos anos com atores como Bruce Willis, Jackie Chan, Hugh Jackman, e o pioneiro Liam Neeson, apesar desse gênero ter começado a se popularizar de verdade com Charles Bronson. Esse é um daqueles filmes que não se pode criticar o roteiro, pois o roteiro realmente é o segundo plano. O foco é a ação e os dramas pessoais do protagonista. No fim, o filme é uma ótima continuação para seu predecessor, e um filme divertido de se assistir. Passa longe de ser um “épico” de ação, mas também não deixa a desejar no que se propõe a entregar.

O Protetor 2 estréia dia 16 de Agosto, em todos os cinemas do Brasil

Texto por Louise Minski