Crítica – O Contador (The Accountant)

Imagine “Uma Mente Brilhante” com tiroteios, temos O Contador

Um filme onde tudo é meticulosamente mostrado e apresentado, sem deixar buracos ou coisas a parte. O Contador faz isso de uma maneira muito bem encaixada e que chega a prender seu espectador para saber qual será o próximo passo do nosso protagonista, afinal, ele precisa terminar o que começou.

Christian Wolff (Ben Affleck) é um portador da Síndrome de Asperger com mais afinidade por números do que por pessoas. Tendo um escritório de contabilidade em uma cidadezinha como fachada, ele trabalha como contador autônomo para algumas das mais perigosas organizações criminosas do mundo. Com o Departamento Criminal do Ministério da Fazenda, coordenado por Ray King (J.K. Simmons), começando a fechar o cerco, Christian aceita um cliente legítimo, uma empresa de robótica de última geração onde a assistente de contabilidade, Dana Cummings (Anna Kendrick), descobre uma discrepância envolvendo milhões de dólares. Porém, conforme Christian desvenda os registros e se aproxima da verdade, a contagem de corpos começa a subir.

Por estarmos com Ben Affleck como Batman em nossas mentes, imaginamos como será que ele seria sendo uma pessoa portadora da Síndrome de Asperger, o resultado foi um Batman autista, e não, isso não chega a ser ruim. Imagine uma pessoa totalmente meticulosa e com manias e tudo friamente organizado e calculado, agora junte isso com um treinamento intenso de combate corpo a corpo e de armas. Affleck consegue manter a todo momento em cena as manias, trejeitos e tom de voz, as vezes ate mostrando momentos perturbantes do personagem.

Momento após no filme somos apresentados a Dana Cummings (Lana Kendrick), assistente de contabilidade que dá um ar a mais na trama do filme. Seu personagem no filme não surpreende ou difere de muito do que ela já interpretou, uma jovem garota estudiosa que gosta e sabe o que faz. Já J.K. Simmons que contracena com Cynthia Addai-Robinson existem como uma tangente no filme, complementando pontos que valem muito, concluindo bastante os buracos da história do filme.

Apesar de pouco tempo em cena comparando com os outros, Jon Bernthal surpreende com seu personagem. Um cara que é contratado para resolver o assunto seja da maneira que for, ameaça ou morte. Diferente de seus papeis em The Walking Dead e a segunda temporada de Demolidor, é notável uma crença nos sentimentos verdadeiros de seu personagem, não é somente uma pessoa louca e cheia de ódio querendo matar todos por aí. Ele é preparado e faz o que precisa sem pudor, mas tem seu lado humano.

O Contador surpreende em muitos fatores, é engraçado de um jeito sutil, o personagem de Ben Affleck prende o espectador, buracos existentes são muito bem tampados, sem muitos exageros ou explicações, seja com flashbacks ou puras ligações com o enredo do presente. O que aparenta ser um filme de sessão da tarde, pode acabar sendo uma bela surpresa da Warner. Vale assistir no cinema

O Contador estreia dia 14 de Outubro.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.