Crítica – Christopher Robin: Um reencontro inesquecível

Filme passa mensagens de modo sutil, porém impactantes

Após o sentimento agridoce de Adeus, Christopher Robin deixou nos fãs, o ursinho Pooh e seus amigos estão de volta. Após enfrentar uma guerra, a morte do pai e diversos outros desafios da vida adulta, Christopher é agora um rapaz que não lembra em nada o garoto que foi. Trabalhando em uma empresa que produz malas de viagem, é obrigado a abrir mão de viajar com a esposa e a filha para trabalhar no final de semana. Faz mais de 30 anos que não pensa nos seus amigos da floresta de Cem Acres, que parecem agora de outra vida.

Em contrapartida, vemos o ursinho Pooh preocupado com a falta de mel e o sumiço dos amigos e, com isso, acaba entrando em uma árvore e chega em Londres. É claro que Pooh e Christopher acabam se reunindo mais uma vez, para descobrir o que aconteceu com seus outros amigos e como levar Pooh de volta à floresta.

Todas as outras pelúcias servem de alívio cômico, enquanto os momentos mais sensíveis ficam por conta de Pooh. Todas essas cenas mais tocantes são bem sutis e bem colocadas, com frases simples, porém impactantes.

Apesar da trama ser muitas vezes previsível, a mensagem passada serve como um lembrete tanto para adultos quanto para crianças. É bem claro o contraste mostrado entre a vida sombria e insatisfeita do Christopher atual com seu passado alegre e espontâneo, mostrando como devemos sempre relembrar nossa criança interior e, vez ou outra, esquecer as preocupações.

Os efeitos visuais no geral, apresentaram um resultado agradável. Porém, algumas vezes o novo visual de Pooh e dos outros causa uma certa estranheza. O longa, à primeira vista, parece apenas um filme para crianças, mas a profundidade das mensagens passadas, muitas vezes até exagerada no tom sombrio, mostra que também é um filme para adultos.

Christopher Robin: Um encontro inesquecível estréia dia 16 de agosto nos cinemas brasileiros.

Texto por Louise Minski