BGS 2016 – Testamos o multiplayer de For Honor

Cavaleiro, viking ou samurai?

For Honor é o novo jogo de guerra em terceira pessoa da Ubisoft estrelado por três facções poderosas: Cavaleiros, Vikings e Samurais. O game, que promete um mundo hostil mas recheado de selvas exuberantes e ruínas majestosas, contará com uma história épica sobre guerreiros lendários lutando por causas quase perdidas no modo campanha, além de um modo multiplayer que revela um desafio brutal e emocionante.

Durante a BGS 2016, foi possível jogar For Honor ao longo de dezesseis minutos. Os primeiros oito minutos eram dedicados à um tutorial básico acerca do combate, logo após escolher o seu herói para a batalha. Os guerreiros jogáveis em For Honor são soldados de elite veteranos de batalhas. Cada um deles atua em funções especializadas em suas respectivas facções e são inimigos muito hábeis e letais.

Cada facção mencionada terá quatro tipos de guerreiros, totalizando doze opções de escolha. Alguns heróis estavam disponíveis na demonstração como os Conquistadores, pertencente aos Cavaleiros e os Invasores, pertencente aos Vikings. Os Conquistadores são combatentes de armadura pesada com manguais enormes. Eles desestabilizam e sobrepujam os adversários por meio de múltiplas habilidades defensivas e infinidade de ataques. Já os Invasores são o arquétipo do guerreiro Viking. Eles arrastam-se pelas batalhas carregando um enorme machado de guerra dinamarquês, desferindo ataques incapacitantes e causando muito dano.

No tutorial, basicamente tínhamos que aprender a defender os ataques de um bot inimigo e, posteriormente, era preciso atacar o bot inimigo até matá-lo. Ao fim desses oito minutos iniciais começava a fase multiplayer na qual um exército enfrentava o outro e o objetivo era dominar três territórios (A, B, C). Bastava adentrar um dos territórios e permanecer lá por um tempo para garantir 100 pontos para a sua equipe. É claro que, ao tentar dominar uma das bases, você devia se certificar de que não havia inimigos por perto.

O combate é bastante interessante e intuitivo, embora um dos principais problemas seja com relação aos controles. Para se defender de um ataque, por exemplo, você devia movimentar o analógico para a direção em que recebe o ataque e isso deve ser feito muito rapidamente para que a defesa seja um sucesso. Infelizmente, em meio a luta com o exército inimigo, era muito difícil identificar rapidamente a direção dos ataques e conseguir se defender minimamente, ainda que os bots soldados não sejam tão chatos de eliminar.

No geral a jogabilidade é bastante lenta, o que provavelmente se deve à uma tentativa dos desenvolvedores de se aproximar de um realismo histórico. O combate foi projetado para oferecer a sensação de um duelo verdadeiro e o sistema de luta foi criado com captura de movimentos de artistas marciais de verdade e dublês profissionais para uma ação mais realista do que nunca. Infelizmente isso acaba prejudicando um pouco a dinâmica de luta, ao mesmo tempo que torna o gameplay muito mais estratégico.

Ao morrer era necessário esperar doze segundos até poder renascer novamente em sua base. A primeira equipe que alcançasse mil pontos impedia a outra de renascer e, ao eliminar todos os inimigos, a partida acaba. No entanto, era possível ressuscitar alguns colegas mortos no mapa, ao segurar B sobre o corpo. O game, até então, apresentou um balanceamento razoável, ficando claro que é bastante difícil vencer caso seu time todo esteja morto e ainda restem dois adversários, por exemplo.

Com uma jogabilidade que ainda precisa ser aprimorada e gráficos que parecem longe de trazer o feeling da nova geração, parece ser cedo demais para apresentar For Honor à comunidade gamer. No entanto, o jogo tem uma premissa interessante, principalmente  por conter um  modo multiplayer ambientado num mundo de guerra medieval. Apesar dos apesares, o PvP é divertido e emocionante e consegue manter minhas esperanças para encarnar um guerreiro viking ou um samurai habilidoso no próximo ano.

For Honor tem lançamento marcado para 14 de fevereiro de 2017 para sistema PlayStation 4, Xbox One e PC.

Letícia Motta

Huge nerd. Apaixonada por eSports, JRPG's e ficção científica. Passa as horas vagas nos videogames e PC.