Review – The Banner Saga 3

Uma conclusão onde tudo está em jogo

Por muitos anos, somos apresentados a uma grande variedade de jogos de RPG, seja de turno, ação ou tático, cada um trazendo um universo e mitologias diferentes e, na maioria das vezes belas e cativantes. The Banner Saga não vai muito longe disso, nos apresentando um belo universo baseado na mitologia nórdica onde, em um momento de extinção e perigo, a diferença entre cada raça não importa, pois o inimigo do meu inimigo é meu amigo.

The Banner Saga 3 começa com sua história exatamente após os acontecimentos de seu jogo anterior, a escuridão tomou conta do reino e tudo agora depende de dois grupos separados para impedir que o mundo e todas as raças acabem.

Desde o primeiro jogo somos apresentados a duas raças principais, os Humanos e os Varl, que são seres provenientes de um cruzamento de um humano com um animal, criação de um deus impaciente, seres com mais de três metros de altura e chifres, eles são os “vikings” da história. Ambos, apesar de suas desavenças, se unem para sobreviver e enfrentar um mal maior, os Dredge. Estas são criaturas que foram criadas desde o começo dos tempos, criaturas compostas puramente de pedra com varias habilidades e tamanhos.

Desde o primeiro The Banner Saga foi apresentado um sistema que nos diálogos suas decisões afetam o enredo do jogo. Caso tenha jogado e terminado o anterior é possível utilizar o seu save para dar continuidade e assim as decisões feitas continuam, mas caso não tenha, o jogo gera dois personagens para se escolher e iniciar. O bom é que The Banner Saga 3 dá um resumo dos acontecimentos do jogo anterior deixando o jogador inteirado.

O sistema de level up de The Banner Saga funciona de um modo diferente de muitos RPGs conhecidos. O seu personagem só pode ser evoluído quando matar uma certa quantidade de adversários e para poder upá-lo é necessário ter a quantidade exata de pontos de Renown, que são adquiridos ao matar inimigos ou fazendo boas decisões durante a aventura. Diferente de The Banner Saga 2, o terceiro da trilogia foi removido o modo Survival, que desafiava o jogador a enfrentar 50 fases com seus heróis escolhidos no começo.

A arte de The Banner Saga 3 continua sendo uma maravilha a parte, totalmente feito a mão é possível observar cenários e personagens lindos, com um belo traçado o visual do jogo não decepciona nem um pouco. Assim como a trilha sonora que encaixa perfeitamente com todo o contexto feita por uma ótima orquestra, dando aquele tom de “jornada épica” e trazendo tensões em momentos propícios. The Banner Saga 3 tem alguns momentos de cutscenes, mas infelizmente bem poucas, o jogo é composto mais por texto e imagem.

O port para Nintendo Switch não é muito propício, uma vez que selecionar os setores para mover o personagem com o analógico atrapalha um pouco e demora para se acostumar, na própria tela do console é possível utilizar o touch para o combate enquanto os joycons nos diálogos, mas pelo fato de não ser possível girar o mapa, certas vezes é possível clicar em alguma ação ou passar a vez sem querer ao tentar se mover.

The Banner Saga 3 é um excelente RPG Tático recomendado para qualquer um que goste do estilo ou até mesmo de RPG de mesa e nunca teve essa experiência digital. Uma boa trilha sonora e visual que deixam tudo mais agradável. Comova-se com a história e personagens deste universo. Acabe com a escuridão que domina o mundo e unam as raças para sobreviver à serpente dos mundos.

The Banner Saga 2 já está disponível para PCMac, PS4 e Xbox One.