Crítica – Deadpool 2

Referências e zoações do começo aos pós créditos

Havia boatos de que a sequência de Deapool não seria tão boa, nem tão engraçada e muito menos tão explícita. Ainda bem que eram apenas boatos. Apesar do filme ainda ter sido produzido pela Fox, muitos fãs ficaram preocupados com os possíveis cortes e censuras quando a Disney comprou o estúdio. Felizmente, a preocupção foi à toa. Palavrões, humor negro, tripas voando, tudo isso continua presente.

Deadpool 2 conta uma história agridoce, sobre como Wade deu continuidade à sua caça a criminosos, até o momento que seu principal alvo invade seu apartamento com capangas, virando sua vida de cabeça para baixo. Com tudo destruído, ele vira um “estagiário” dos X-men e, em dado momento, conhece Russell, um mutante com sérios problemas de temperamento, e aí sim a história começa a se desenrolar. Cable é introduzido logo depois, e é apresentado como o mesmo Nathan Summers dos quadrinhos, sem ter o que tirar nem por.

Tanto Cable quanto os novos personagens: Russell, Domino, Juggernaut e até mesmo aqueles que aparecem em no máximo quatro cenas como Zeitgeist, Shatterstar e Peter foram apresentados de forma bem descontraída e foram brilhantes em suas atuações, mesmo aqueles que só serviram para render (ainda mais) risadas. Dopinder e Weasel também marcam seus retornos, dessa vez um pouco mais presentes que no primeiro filme.

Os momentos cômicos estão, em sua maioria, excelentes. Diversas referências a outros filmes (tanto da Marvel quanto da DC!), zoações com os atores e até mesmo com os estúdios e, inclusive, participações especiais que deixavam os momentos mais engraçados ainda. Outra coisa que contribuiu muito foi a trilha sonora, deixando tudo mais épico, romântico ou engraçado, contrastando com a cena apresentada. Imagine uma música de dubstep enquanto Deadpool e Cable lutam, ou uma música romântica ao fundo enquanto jorra sangue, e tudo isso em câmera lenta.

Mas esse filme não é feito apenas de momentos cômicos e lutas. Há diversos momentos mais profundos, com uma ou outra piada em seguida para aliviar, claro. Um dos maiores destaques, certamente é Zazie Beetz como Domino. Ela foi fenomenal em cada cena que aparecia, além de ter ficado bem estilosa no visual. As cenas de ação nas quais ela aparecia foram muito bem feitas, sua “sorte”, o timing das piadas e diálogos foi impecável e tudo isso nos deixa com uma sensação de querer saber mais sobre a história dela ou, ao menos, vê-la em outros filmes futuros.

Ryan Reynolds continua genial como Deadpool, não deixa nada a desejar em relação à atuação no primeiro filme. Josh Brolin, que faz o papel de Cable e também é o ator por trás de Thanos, trás toda a complexidade do personagem com maestria. O único porém, talvez, seja o CGI do Colossus. Algumas vezes funcionava bem, outras não. Os efeitos de sangue jorrando de membros decepados tem a intenção de ficarem trash estilo filme de terror dos anos 80, e nisso funcionou muito bem.

Reforçando, Deadpool 2 não deixa nada a desejar a seu antecessor, todos os elementos essenciais continuam ali. O marketing pesado e muito bem feito do filme certamente não foi em vão. No mais, como dito no começo filme: “Deadpool 2 é um filme familiar”. E não esqueça dos pós créditos. Vale muito a pena ficar até o final.

Deadpool 2 estréia dia 17 de Maio nos cinemas.

Texto por Louise Minski

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.