Review – The King of Fighters XV
Quem é Rei nunca perde a Majestade
Não se pode negar que uma série tão longeva quanto The King of Fighters possui um valor quase histórico no mercado de videogames. Desde 1994, a ideia genial da SNK de juntar personagens de suas franquias de diferentes estilos em um campeonato que decidiria quem seria o Rei (ou Rainha) dos Lutadores, atravessou gerações de plataformas e de pessoas.
KoFXIV, de 2016, teve uma recepção fraca entre os fãs da série, o que causou em mim, jogador das antigas, uma expectativa muito baixa com a chegada da versão de 2022.
Me enganei.
The King of Fighters XV resgata a forma dos primeiros jogos da série, com a clássica formação de times de 3X3, deixando de lado as ajudas dos Strikers, que podiam ser chamados no meio da luta para ajudar o jogador a se livrar de um agarrão, ou até mesmo implementar um combo, e com os já conhecidos Golpes Especiais que utilizam a barra extra que vai enchendo conforme seu personagem perde vida ou na troca de um lutador por outro.
O que mudou em The King of Fighters XV?
O sistema de esquiva é o mesmo surgido na versão de 1997, o “Advanced”, onde o lutador rola para frente ou para trás para desviar-se de golpes ou projéteis desferidos pelo adversário. Poderia existir um modo de esquiva “Extra”, com aquela jogadinha de ombro marota pro lado em vez do rolamento, mas não tem.
Um dos pontos que democratizou muito e facilitou o gameplay para os novatos é a utilização dos combos automáticos, que permite com que a nova geração tenha a sensação de estar massacrando seus oponentes de uma maneira acessível, algo que nas primeiras versões só era possível através de muito treino, sangue, suor e um punhado de fichas.
Temos também os “novos” elementos adicionados em KoFXV: a reformulação do “MAX Mode” e o Shatter Strike”. No primeiro, gastando duas barras de especial, o dano causado pelo jogador aumenta por um tempo extra e ele pode soltar Super Moves Climax sem gastar a barra de especial. No segundo, o jogador pode extender o combo e absorver golpes fortes que naturalmente deixariam seu personagem “tonto”, quase como o “foco” da série Street Fighter IV.
O modo online é bem intuitivo e o matchmaking funciona com uma rapidez que dá inveja a qualquer jogo de luta atual, talvez por ser tão próximo à data de lançamento, talvez não, só o tempo irá dizer.
O Elenco e o veredito
A lista de lutadores no dia do lançamento (aguardem as DLCs) chegou com 39 personagens, dentre o retorno das veteranas Shermie e Elizabeth e alguns novatos como Krohnnen (inspirado com certeza no personagem Tetsuo do Anime Akira, de Katsuhiro Otomo) e Dolores, visivelmente inspirada em Bayonetta.
Em um mundo onde o preciosismo de gráficos realistas, em cenários totalmente 3D impera, KoFXV é um refúgio para os fãs dos jogos de luta que sentem saudades de gastar seu rico dinheirinho em fichas dos velhos arcades como faziam na infância.
The King of Fighters XV já está disponível para PlayStation 4, Xbox Series X, PlayStation 5 e PC (Steam).
NOTA: 7/10 vezes que ganhei uma luta online com meu time favorito
Texto por Olumor de Astória