Review – Tekken 7

Tekken 7 consegue ser saudoso e se inovar de uma maneira bela

Tekken é uma das franquias mais antigas da indústria dos videogames, abrangendo mais de 20 anos de história com personagens de grandes variedades e bem característicos. Estes 20 anos também representam numerosos pontos-chave no roteiro da saga do jogo que podem ter sido esquecidos por uns ou deixado de lado por outros. Em 2017 o mais novo capítulo da consagrada franquia finalmente chegou às mãos de amantes de vídeo game e aficionados por jogos de luta, Tekken 7.

Para quem acompanhou a série Tekken desde seus primórdios, o novo jogo da franquia é um prato cheio. O modo história é bem inovador já que nenhum dos jogos tiveram um modo Campanha por si só, eram sempre cutscenes dos personagens onde o pessoal juntava na cabeça e entendia a história. O Tekken 7 explica a história desde o começo de como surgiu a rivalidade de Heihachi e Kazuya e tudo que foi escalando nas décadas seguintes dentro deste conflito, o Jin se tornando o capiroto, onde o Lars se encaixa dentro de tudo e muito mais. Até traz um sentido para o Akuma participar do jogo, algo que é importante não só jogar um personagem de outro jogo e pronto.

Traz uma história muito boa vista pelo ponto de vista de um jornalista que não tem nada a ver com ninguém e, após perder sua família durante o conflito entre a família Mishima, ficou com vontade de entender tudo isso mais a fundo, no fim acaba descobrindo mais do que pensou que conseguiria.

O modo offline/online de Tekken 7 não tem muito o que questionar, é você sentar, pegar seu controle e descer a porrada no Bot, no amiguinho do seu lado ou online. Existem 36 personagens para serem escolhidos com boa variação de combos e estilos diferentes de luta, tanto antigos quanto novos, eles trazem características únicas onde é possível a pessoa se identificar mais com um do que com outros. O Akuma chega a ser um boneco desequilibrado para os que manjam jogar Street Fighter. Os estágios são muito bonitos e todos com suas peculiaridades, seja paredes ou sem, cenário que muda de acordo com a luta onde o chão quebra, entre outros.

Uma coisa triste é que certos personagens antigos e conhecidos acabaram ficando de fora da seleção, como o Lei, Julia, Bruce, Mokujin e até mesmo o brutamontes do Marduk que entrou no quarto jogo da série. Provavelmente eles entrarão mais para frente em pacotes de DLC, algo que espero que seja por um preço justo ou até mesmo que dê para comprar com o dinheiro obtido no jogo.

Em Tekken 7 tem outros modos além de Versus, para jogar com amiguinhos em casa e Arcade. Tem também o Batalha por Tesouro para se obter itens e dinheiros para customizar o personagem que quiser do jogo, colocando acessórios, trocando roupas e muito mais. Já no Online é possível criar Lobbys para ir lutando com as pessoas na rede, modo Ranqueado e Buscar partidas rápidas, algo que não acaba sendo tão rápido quanto deveria ser e no fim achar um Lobby acaba sendo a melhor opção.

O combate não chegou a mudar muito, somente o Rage Mode, fator que funciona quando o personagem está com pouca vida e libera dois ataques para tentar o famoso comeback que são o Rage Art, funciona como um especial dando grande quantia de dano e o Rage Drive, uma combinação de golpes que pode ser aplicado durante um combo no adversário.

No menu é possível visitar outros lugares que traz a trilha sonora original dos jogos antigos da franquia, assim como uma galeria com todas as cutscenes de todos os jogos, aquele momento que a nostalgia vai a mil. Tekken 7 é um ótimo jogo que funciona tanto para quem é fã quanto para quem não conhece e está se aventurando pela primeira vez neste universo, vale muito a pena ser jogado por horas, seja sozinho ou com amigos.

Tekken 7 já está disponível para PS4, Xbox One e PC.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.