Review – Pathfinder Kingmaker

Amantes de RPG de livro podem gostar, ou não

Jogos como Baldur’s Gate, Divinity e muitos outros são RPGs que cativam o jogador com sua história, universo e personagens. Pathfinder: Kingmaker é o mais recente jogo do gênero RPG isométrico, baseado no livro de RPG homônimo desenvolvido pela Owlcat Games. Tanto em narrativa quanto mecânica de combate e criação de personagens são muito bem utilizados, apesar do combate um pouco devagar que pode cansar um pouco.

A adaptação do jogo é extremamente fiel ao de livro, o que pode ser algo bom e ruim ao mesmo tempo. Para os que não conhecem ou estão acostumados com a mecânica de Pathfinder, pode acabar se perdendo muito fácil pela complexidade de se começar um jogo. Ao criar um personagem, é possível escolher uma raça, classe, colocar os pontos de atributos, selecionar afiliação, skills e todo o resto que um RPG de mesa requer. Ao selecionar a dificuldade também pode ser trabalhosa, pois muitas opções variam entre elas, podendo ser feito a gosto do jogador, mas vale mencionar que são realmente muitas coisas.

É interessante ver o carinho colocado neste quesito dentro de um jogo para PC, mas isso também fecha o círculo de jogadores que serão atraídos pelo mesmo. Caso a pessoa não seja conhecedora voraz de Pathfinder, pode optar pelas opções básicas e escolher personagens pré-criados com suas histórias e dificuldade já montada. Durante o jogo é possível ir moldando a afiliação do mesmo ao dar respostas voltadas à tais afiliações.

Assim como a criação, o gameplay tem seus prós e contras. É possível organizar os personagens da Party da maneira que quiser, seja em formação, habilidades, sets de armas ou até mesmo mover um por um para resolver puzzles ou para explorar mais rápido os cenários. Já o combate deixa um pouco a desejar. Uma vez que iniciado, o jogador pode optar por pausar e escolher as ações a serem feitas ou realizar tudo ali ao vivo, algo que tanto faz por questão de tempo de recarga dos personagens entre ataques, que tornam o combate um tanto quanto tedioso. Causando um pensamento de “jogar o dado na mesa é mais emocionante do que controlar isso”.

Apesar de ser um jogo de RPG, onde tudo é basicamente baseado em cima da história do jogo e de seus personagens, Pathfinder: Kingmaker não consegue fazer muito jus a isso. Alguns dos personagens tem histórias rasas e parecem que se juntam ao grupo somente por ser um NPC que o jogo quer que se destaque, sua história principal tem certos momentos, mas fica enrolando e suas missões secundárias não ajudam.

A trilha sonora de Pathfinder: Kingmaker é muito boa e digna de um universo de RPG, podendo ser interessante utiliza-la durante as sessões de mesa com amigos para dar mais emoção ao jogo. Seus gráficos já não são tão caprichados, trazendo um ar de geração passada, o visual do jogo deixa a desejar com falta de trabalho nos cenários e até mesmo personagens.

Apesar de tudo, alguns amantes de RPG e Pathfinder podem aproveitar um pouco deste jogo fora da mesa para talvez procurar alguma inspiração para personagens ou história caso seja um mestre. Pathfinder: Kingmaker já está disponível para PC.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.