Review – LEGO Marvel Superheroes 2

Quando a ambição se equipara com a diversão

Desde o grande universo criado pela Marvel nos filmes, era esperado que os games seguissem essa tendência. Mas o início foi marcado por uma leva de jogos medíocres, que apenas aproveitavam os lançamentos nos cinemas. Em 2013, um ano após a estreia de Vingadores, chegou LEGO Marvel Superheroes, uma aventura divertida que deixava o jogador livre neste universo de quadrinhos. Conforme a ambição do Marvel Cinematic Universe foi crescendo, as outras mídias precisavam correr atrás deste fenômeno. Então 4 anos após o primeiro jogo, a Warner Interactive, junto com a Traveller’s Tale, demonstrou que estava pronta para abraçar esse gigante do entretenimento.

A vinda de Kang, O Conquistador

Enquanto a Disney pisa em ovos, analisando em suas propriedades intelectuais quais são os vilões disponíveis para aparecem em seu universo, os jogos de LEGO podem esbanjar de nomes que estão sob diferentes licenças. Isso faz com que as narrativas de LEGO Marvel Superheroes 2 sejam mais inteligentes, conseguindo puxar vilões mais “esquecidos” dos quadrinhos. Esse é o caso de Kang, O Conquistador, antagonista principal do jogo. A história traz o vilão viajando e sequestrando cidades dos diversos universos e linhas do tempo da Marvel, para juntá-las em um único local: Chronopólis. Essa megalópole de retalhos dos quadrinhos é o lobby do game, onde o jogador deve acessar missões e realizar objetivos secundários. É incrível como cada local retrata bem a história de onde foi retirado, exemplo disso é Wakanda, que mistura bem a alta tecnologia com a ancestralidade tribal da região. Assim como a Nova Iorque do primeiro jogo Chronopólis é cheia de referências e boas histórias para serem descobertas.

Entre os conhecidos e os pitorescos 

LEGO Marvel Superheroes 2 traz uma infinidade de personagens, entre heróis e vilões, das histórias em quadrinhos. Se por uma lado é possível ver figuras de fama recente como Gwenpool e o Senhor das Estrelas, com um visual igual ao dos filmes, também há nomes mais obscuros da Marvel. Assim como o jogador pode viajar por Chronópolis se balançando nas teias de Peter Parker, também é possível viajar pelo alto dos prédios como o Peter Porker, porco que assume a alcunha de Spider-Ham. Alguns são divertidos de se encontrar pelo cenário e adicionar a coleção de tantos nomes, porém outros são estranhos e ficam apenas como uma skin diferente dos heróis mais famosos. O ponto positivo é que essas infinidade de figuras povoa o mundo grandioso apresentado no jogo.

Nos cinemas, a Marvel representa um novo entretenimento para todas as idades e nos games, LEGO Marvel Superheroes 2 também demonstra isso. Apesar de ser voltado ao público mais infantil, os mais velhos podem aproveitar algumas horas de diversão descompromissada, apenas colecionando os heróis dos quadrinhos. LEGO Marvel Superheroes 2 mostra como a ambição e a expansão de um universo pode dar muito certo algumas vezes.

Review feita com cópia física cedida pela Warner Bros. Interactive.

Kaio Augusto

Uma pilha gigante de referências. Perdido entre produções orientais e ocidentais, seja nos games, música,literatura, cinema ou quadrinhos. Gasta horas pensando em aventuras de RPG de mesa, teorias malucas ou apenas o que fazer em seguida.