Review – F1 2018

A velocidade para quem gosta de realidade

Eu me lembro bem dos domingos de manhã em que acordava mais cedo e sentava na sala enquanto meu pai assistia as corridas de Fórmula 1. Na época, nada do esporte me pegava, mesmo que os carros pudessem atingir velocidades incríveis. Com o passar dos anos, os videogames foram evoluindo e trazendo uma simulação cada vez mais real para o gênero de corridas. E isto não foi diferente, neste ano, a Deep Silver trouxe F1 2018, mostrando todo o potencial de realismo que a série pode alcançar.

Ao contrário de outros games de esportes, F1 2018 é honesto, afinal ele leva o ano de lançamento seu nome. Brincadeiras a parte, esta versão do jogo de corrida traz o que há de mais atual em simulação e gráficos para o gênero. Até mesmo o rosto dos atuais pilotos do esporte são recriados com maestria no jogo. O mesmo pode sobre os carros, incluindo a MacLaren dirigida por James Hunt e a Ferrari de Niki Lauda.

Mas se todo o realismo está aplicado em F1 2018, o título peca na hora de ensinar o novos jogadores como se tornar um campeão. Os tutoriais usam de telas cheias de texto ao invés mostrar de dar a oportunidade de que o novo piloto pode dirigir os carros. A curva de aprendizado é muito maior do que outros jogos de corrida, afinal os carros mais “comuns” não têm uma série de regras e detalhes próprios como os utilizados na Fórmula 1.

Umas das mudanças mais interessantes é o modo carreira. Agora, além controlar toda a performance dentro das pistas, o jogador precisa estar pronto para lidar com a mídia. Saber como lidar com os repórteres em conjunto com as habilidades de um ótimo corredor é o que te levará ao posto de primeiro piloto da escuderia.

F1 2018 esbanja capacidade técnica e visual para os fãs da verdadeira simulação do esporte. Assim como outros jogos do gênero, F1 2018 usa cada parte de potencial dos videogames da geração atual.  Porém, se você é novo neste mundo, talvez precise dedicar muito mais tempo para entender tudo o que é preciso para tornar-se o campeão.

 

Kaio Augusto

Uma pilha gigante de referências. Perdido entre produções orientais e ocidentais, seja nos games, música,literatura, cinema ou quadrinhos. Gasta horas pensando em aventuras de RPG de mesa, teorias malucas ou apenas o que fazer em seguida.