Review – Cruse of the Dead Gods

Curse of the Dead Gods é uma nova visão sobre um velho gênero

Hoje em dia, diversos rogue-lite são lançados a cada mês, desde títulos indies tomando tamanho de triple A, até a entrada de grandes franquias ao gênero como Minecraft Dungeons. Apesar de termos inúmeros títulos constantemente lançados sempre irão existir aqueles que se destacam, seja pela originalidade, arte, história ou até mesmo a diversão e é nesse ponto exato que o Curse se destaca.

Curse of the Dead Gods é um jogo com uma diversão simples, mas extremamente eficiente, fazia tempos desde que um jogo que possuía desafios diários me fazia realmente logar todo dia para tentar a novidade diária. O jogo prova que a boa e velha diversão ao jogar é o suficiente para deixar o player preso a isso, o jogo apresenta praticamente zero história porem é tão bem trabalhado, tão fluido e tão divertido que você simplesmente não se importa para esse fato, e olha que viemos de um cenário onde Hades era o maior nome do gênero.

A princípio o que chamou a minha atenção ao jogo foi a sua arte que está muito próxima a arte de Darkest Dungeon, um jogo que eu odeio amar, diga-se de passagem, porem ao jogar e sentir o jogo a sua mecânica foi amor a primeira vista.

O jogo se joga bem com teclado e mouse, mas recomendo a experiencia toda com um controle, a fluidez e a agilidade presente no controle otimizado através de um joystick fizeram o jogo ser algo que eu não tinha faz tempo, um jogo que eu queria simplesmente por na tv, ligar o controle e me reclinar no controle e passar horas a fios no mesmo.

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Vamos falar do core de gameplay do jogo, toda jogabilidade tem uma base muito forte de reflexos e agressividade, o jogo te beneficia em certos momentos por ser ganancioso com um ou dois golpes a mais e em outros momentos você é punido por querer rushar um chefe com golpes fortes e ficar sem stamina. Todo combate do jogo conta com três tipos de armas e uma tocha, a tocha tem função de iluminar seu caminho (dado que você recebe mais dano ao estar no escuro) e mostrar as armadilhas do mapa, as três armas funcionam de forma que você usa duas armas de uma mão simultaneamente como uma espada e um chicote ou uma grande de duas mão por exemplo uma lança longa, você precisa dosar a forma que usam esse playset ou simplesmente apelar para o que você se diverte mais.

Outra essência do gameplay é o sistema de maldições como o nome do jogo sugere, você é constantemente agredido com uma barra de maldições que podem se stakar até cinco maldições, algumas vão te dar uma tremenda desvantagem como sua vida drenar a cada segundo e outras irão dar um drawback com alguma espécie de buff como não conseguir usar a tocha porem seu dano no escuro é aumentado.

Jogamos várias horas de Curse of the Dead Gods e agora vamos dizer se ele é  bom ou não! - Nerdlicious

Imagens de Curse of the Dead Gods 6/27

Essa mecânica é parte essencial na diversão do jogo pois ela é o que torna cada run extremamente diferente da outra, pois em algumas situações a sua maldição lhe força a usar um arco pois o dano é aumentado e em outras situações lhe obriga a sempre ter uma arma encantada com fogo para combater o problema de não poder usar a tocha. Vale lembrar que ao atingir a quinta maldição ela sempre será extremamente mais punitiva e cruel que as quatro anteriores, ou seja, é melhor correr e correr bem pois o seu tempo vivo será encurtado de fato.

O jogo todo flui muito bem, não é justo dizer que é o melhor rogue-lite que joguei, mas vale dizer sim que é um dos mais divertidos devido a sua gameplay e a ambientação que lembra muito Indiana Jones. Ele possuiu seus erros como no midgame a ausência da sensação de evolução do jogo, mas possui pontos fortíssimos como a variedade saudável de armas e maldições (sendo que a desenvolvedora já prometeu mais templos e mais variedades num futuro breve).

Para seu resumo o Curse of the Dead Gods é um jogo novo, não vem com nenhuma inovação jamais vista, mas faz o seu arroz com feijão de forma excelente provando que no final do dia o que importa é a diversão que um jogo te trás, jogo começa bem fácil e amigável a players novos porem a endgame pune até os mais veteranos de jogos do gênero, vale o investimento e vai lhe gerar dezenas de horas de diversão.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.