Review – Assassin’s Creed: The Rebel Collection (Nintendo Switch)

Assassinos, templários e barcos, tudo isso de forma portátil

Antes mesmo de Origins e Odyssey mudaram definitivamente a saga Assassin’s Creed, tanto Black Flag como Rogue adicionaram todo um novo modo de exploração que trouxe um frescor para a franquia lá em 2013. Isso ocorreu logo após duras críticas que Assassin’s Creed 3 sofreu na época, onde muitos começavam a sentir um cansaço pela repetição somado ao protagonista não tão interessante para a história. Agora, seis após os lançamentos originais, Assassin’s Creed: The Rebel Collection traz para o Nintendo Switch duas das histórias mais interessantes da franquia da Ubi.

Ambos os games presentes em Assassin’s Creed: The Rebel Collection saíram originalmente na geração passada e aproveitavam o máximo que tanto o PS3 e o 360 poderiam oferecer. Já no Switch, os gráficos parecem ter sido um pouco comprometidos para que tudo rode sem nenhum comprometimento. Mesmo nos combates navais mais agitadas, onde há vários navios e outros elementos em tela, os jogos se mantém sem travar. Em poucas ocasiões, porém, quando jogado no modo para TV do Switch, a renderização de cenários demora um pouco para acontecer, o que torna quase comum você correr com o personagem em belas florestas de árvores lisas.

O mapeamento dos controles para os joycons é bem adequado. As ações que dependem dos botões ZR e ZL ficam um pouco comprometidas por não terem a mesma velocidade de ação dos gatilhos, como do Playstation ou Xbox. Assassin’s Creed: The Rebel Collection poderia ter aproveitado do HD rumble do Switch para entregar uma experiência mais imersiva durante os combates de barco, vibrando principalmente das direções que os tiros são recebidos. Esses dois fatores são detalhes e não afetam a jogabilidade como um todo.

Um fator impressionante de Assassin’s Creed: The Rebel Collection traz também o DLC em Freedom Cry, protagonizado por Adewale, o primeiro-imediato de Edward Kenway, e o DLC Aveline, protagonizado pela personagem de Assassin’s Creed: Liberation. Além de mais horas de jogo, os conteúdos se conectam diretamente com a história de Black Flag, sendo um complemento muito prazeroso para quem está retornando a esse universo ou até mesmo quem experimenta pela primeira vez.

Assassin’s Creed: The Rebel Collection é uma ótima maneira de matar um pouco da saudade de versões mais “clássicas” da saga dos assassinos. Mesmo com as pequenas problemas visuais, o game é excelente para quem usa o Nintendo Switch como um console mais secundário, pronto para situações como encontros de família ou viagens longas. Para ser mais completo ainda, Assassin’s Creed: The Rebel Collection poderia ter adicionado o modo online de Black Flag, para assim ter opções de quem quer jogar online ou offline. Nota: 8/10 Yoh ho ho e uma garrafa de rum. 

 

Kaio Augusto

Uma pilha gigante de referências. Perdido entre produções orientais e ocidentais, seja nos games, música,literatura, cinema ou quadrinhos. Gasta horas pensando em aventuras de RPG de mesa, teorias malucas ou apenas o que fazer em seguida.