Crítica – Sully – O Herói do Rio Hudson

A história do herói que desafiou as probabilidades

Sully – O Herói do Rio Hudson conta a recente história do capitão Chesley Burnett Sullenberger, mais conhecido como Sully, que em um voo após perder as duas turbinas numa colisão com pássaros consegue um pouso milagroso no rio Hudson, onde todos os 155 passageiros sobreviveram praticamente sem ferimentos. Sully é investigado pela sua decisão pois esta foi considerada uma escolha ruim ao mesmo tempo que o capitão passa por uma luta interna de se considerar um herói ou não.

Aqui Clint Eastwood nos dá um filme não patriótico (o que é ótimo) e muito consistente, o filme não se foca somente no ato do pouso forçado mas muito mais no julgamento da decisão e nos conflitos internos, que questiona o que é ser um herói e suas consequências. O filme é surpreendentemente curto, o que acaba não se tornando repetitivo o suficiente para causar algum incomodo.

Tom Hanks (Sully) está ótimo aqui, deixando muito evidente tudo que se passa em sua cabeça, aqui ele passa um equilíbrio entre confiança no trabalho e humildade nos seus atos, provavelmente será indicado ao Oscar. Aaron Eckhart (Jeff Skiles) também está muito bem, sendo bem incisivo nos seus questionamentos na investigação, sendo um personagem bem ousado e consistente.

O elenco de apoio é bem voltado para o andamento do plot, não tendo tanto destaque assim, mas sendo bem consistente, das personagens de apoio, a com mais importância é a da Laura Linney (Lohaine Sullenberger) porém ela não tem tanto material pra trabalhar tornando exagerado o seu tempo em cena O maior problema do filme é na verdade o fato de que a história é recente e mundialmente conhecida, então não existe nenhuma tensão no resultado do julgamento ou até mesmo no pouso forçado em si.

Os efeitos visuais são somente voltados como complemento do enredo, tanto que são bem objetivos e realistas, são orgânicos, fáceis de aceitar. Sully – O Herói do Rio Hudson é um filme relativamente curto mas consistente, envolvente que mesmo recente, te prende e vale a pena ser visto pelo valor relevante e de entretenimento.

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.