Crítica – Sicario: Dia do Soldado

Longa trás ação sem limites para as telonas

Sicario – Dia do Soldado é uma continuação intensa para o filme “Sicario”(2015). O filme seta seu enredo com um atentado terrorista no Kansas, onde um homem-bomba explode uma loja de conveniências e acaba matando muitos inocentes. Em meio ao caos, e ao desespero dos civis, o governo dos Estados Unidos toma medidas drásticas para combater o cartel do México por atravessar terroristas islâmicos pela fronteira do México com os Estados Unidos. O governo dos EUA decide contratar o agente da CIA Matt Graver(Josh Brolin), e Graver recruta o seu conhecido de longa data, e assassino de aluguel, Alejandro Gillick(Benicio Del Toro).

Diferente do primeiro longa, “Dia do Soldado” é centrado em Alejandro Gillick(Benicio Del Toro), e tem Josh Brolin mais como personagem de apoio. Emily Blunt não retornou para reprisar só papel de Kate Mercer, e francamente isso deixou o filme muito melhor. Uma das coisas que mais desgastam no primeiro filme, é o fato da personagem dela ser o típico agente certinho do FBI.

Em “Dia do Soldado”, não existem regras. Para tirar o roteiro de qualquer limitação que possa quebrar o ritmo frenético do filme, esse é o jargão usado para definir a operação abordada no roteiro, “Sem regras”. A única parte do filme com pouco ação foi a introdução para setar a história, depois disso você é jogado de cabeça em um filme de ação de tirar o folego.

A ambientação e a trilha sonora não deixam a desejar em nenhum momento. O som simplesmente faz aquela mágica de fazer você sentir cada bala sendo disparada, ou mesmo o barulho dos helicópteros como se estivessem passando por cima de sua cabeça. O filme é bom em muitos quesitos, mas o som foi definitivamente o que mais chamou minha atenção.

“Dia do Soldado” é recheado de ação, mas não é apenas de ação que essa obra é feita. Para adicionar mais camadas para os personagens, criaram dois quadros na história, que fazem a gente ver os personagens principais além das armas, explosões e ritmo frenético. São duas situações claramente criadas para desenvolver ambos os personagens de uma maneira bem específica e agradável. O único problema dessas cenas, é que apesar de bem estruturadas, o filme carece de mais situações do tipo. Claro que o filme é um filme de ação no seu núcleo, mas um pouco de drama para mover os personagens nunca faz mal. Nesse caso pelo menos o drama foi melhor desenvolvido do que no primeiro filme, onde a protagonista Kate Mercer, conseguia estragar tudo do filme que tinha potencial de ser melhor.

Pouco antes da estreia do filme, foi confirmado que um terceiro filme já está em produção para encerrar a trilogia.

Sicario – Dia do Soldado já está disponível em cinemas de todo o Brasil.

Texto por Bruno Shepard

Otto

Um rapaz que fez do hobby um trabalho. Sempre interessado em aprender e conhecer mais. Gamer desde criança e aficionado por Board games. Altas madrugadas jogando e trabalhando incansavelmente.