Crítica – Pedro Coelho

Pedro Coelho é a nova animação do diretor americano Will Gluck

Apesar de manter seu gênero de conforto e ter sua dose de romance e comédia, Pedro Coelho é focado mais ao público infantil. O filme mescla muito bem e com bastante qualidade live-action, animação 2d e animação 3d na tela. Com destaque para as atuações dos adoráveis Domhnall Gleeson (mais conhecido por seu papel como Bill Weasley na saga Harry Potter e como General Hux na nova trilogia de Star Wars) e Rose Byrne (engraçadíssima, mais conhecida por Vizinhos 1 e 2 e Missão Madrinha de Casamento).

Pedro Coelho conta a história de uma família de coelhos liderada por Pedro que tenta conseguir alimentos, uma vez que a horta onde sempre moraram agora pertence a um velho rabugento que os trancou para fora. Tudo parece ficar mais fácil quando o dono da casa morre, mas a festa dos animais da região acaba assim que seu sobrinho Thomas McGregor recebe a casa como herança. Enquanto ele, neurótico por organização e limpeza, tenta manter os bichos o mais longe possível para manter a casa em bom estado e conseguir vendê-la, a vizinha, Bea, defende os coelhos, tentando garantir que as cercas fiquem abertas. Um romance logo se inicia entre os dois, mas Pedro Coelho não desiste – nem de sua horta, nem de sua humana preferida.

Com uma série de reviravoltas e pegadinhas, o filme segue uma narrativa no estilo “Esqueceram de mim” e diverte bastante, apesar de pecar em alguns detalhes de roteiro, como a construção do romance entre Bea e Thomas. Mas é importante lembrar que o foco do filme é atrair e divertir as crianças, papel que Pedro Coelho, sem dúvidas, cumpre muito bem. As partes musicais são mais fracas, mas nada que torne o filme desagradável de assistir.

Visualmente o filme é extremamente bem feito, com um ótimo 3D, momentos nostálgicos em 2D e uma ótima interação entre as partes filmadas e os efeitos especiais. O filme é bonito, engraçado e leve – não força tanto a mão em lições de moral, permitindo situações mais absurdas e não-blindadas pelo politicamente correto que rege quase todas as produções atuais. Os animais tem diferentes personalidades e são bem desenvolvidos como personagens, então as interações entre eles funciona bem. E é fato, apesar dos atores estarem bem, as cenas dominadas pelos animais animados fazem o filme.

Claramente focada em um público bem jovem (primeira/segunda infância), a produção agrada e também pode ser apreciada por adultos. O filme dublado funciona bem, mas indico, a quem tiver a oportunidade, que assista ao filme na sua versão original em inglês, pois ele conta com a ótima atuação do hilário James Corden no papel principal de Peter Rabbit.

Pedro Coelho é um lançamento Sony Pictures Animation e entra em cartaz nos cinemas no dia 22 de Março.

Texto por Marina Tuca Loretti