Crítica – Maze Runner: A Cura Mortal

Intrigante, mas com buracos que atrapalham

No fechamento da trilogia Maze Runner, Thomas  (Dylan O’brien) e o Braço Direito tentam recuperar Minho (Ki Hong Lee) e outros prisioneiros que estão em posse da C.R.U.E.L.. Entretanto, essa missão pode comprometer a segurança de outros jovens resgatados pelo grupo rebelde, por isso, apenas um pequeno grupo decide ir até a sede da organização que os torturou e lá descobrem uma realidade ainda mais chocante.

O maior problema do longa foram suas pontas soltas. É claro, isso dá uma oportunidade das pessoas que estão assistindo criarem suas hipóteses e deixa um gancho para caso o estúdio queira expandir a trilogia em breve. Mas muito ficou mal resolvido sobre o mundo pós-apocalíptico.

Dylan O’Brien é, sem dúvida, o grande forte dessa trilogia. Seu carisma e naturalidade ao atuar faz com que o público tenha empatia por seu sofrimento e suas dúvidas. Para quem não se lembra, o longa teve sua s gravações atrasadas por conta de um acidente envolvendo o ator em uma cena de ação que lhe causou a quebra de alguns ossos do rosto. O estúdio, 20th Century Fox, foi responsabilizado por não garantir a segurança do ator em uma situação que oferecia grandes riscos.

Kaya Scodelario pôde dar a Tereza um peso maior que apenas ser o par romântico do personagem principal. Na verdade, graças a ela que o público teve uma outra visão do papel da C.R.U.E.L. e mostrou que ambos os lados têm um ponto a ser considerado. Ela e O’Brien tem uma química em cena que nos causa uma dúvida sobre quem seguir.

No elenco de apoio temos Ki Hong Lee e Thomas Sangster que conquistaram seu espaço, ambos por seus momentos sarcásticos e suas intensas atuações que levarão o público ao desespero.

As cenas de ação e os efeitos estão, sem dúvida, incríveis. No entanto, lembram muito o que temos visto nos filmes de distopia dos últimos anos. A caracterização, principalmente dos cranks, merece elogios pois provoca não só medo, mas também uma certa agonia.

Essa é uma trilogia que teve muitos obstáculos por seu caminho e, infelizmente, chegou em um mercado cansado de distopias para jovens adultos. Apesar disso, Maze Runner: A Curta Mortal é uma conclusão que satisfaz os fãs e nos lembra que ao tentar salvar os humanos podemos perder aquilo que mais importa: a humanidade.

Texto por Viviane Oliveira