Crítica – Com Amor, Simon

Com amor, Simon é um clichê apaixonante

“Com Amor, Simon” é a mais nova aposta da Twenty Century Fox para o público jovem, desta vez com temática LGBT, o espectador vai poder se identificar com Simon, um jovem desajustado que poderia ter a vida perfeita, não fosse o fato de que ninguém sabe que ele é gay e ele não sabe como lidar com isso. Tudo começa a ficar ainda mais confuso quando uma paixão aparece através de trocas de e-mails com um garoto que se identifica apenas como Blue.

O filme acerta em cheio ao mostrar a perspectiva de jovens que estão tentando se encaixar, e é extremamente real ao tratar de assuntos delicados como a descoberta da sexualidade e o momento de contar ao mundo quem você realmente é. O roteiro escrito por Isaac Aptaker e Elizabeth Berger, baseado no romance “Simon VS a Agenda homo sapiens” de Becky Albertalli, trabalha com bastante sutileza ao retratar temas cotidianos que podem ser muito complicados, mas ainda assim aproveita para fazer piadas que fazem referência a cultura pop contemporânea, que o tornam um filme divertido onde o público vai rir e se emocionar junto com Simon.

Os diálogos são oníricos e funcionaram muito bem no longa, fazendo parecer que o espectador está junto com os personagens em uma roda de conversa. A parte técnica também está muito boa, com a direção de Greg Berlanti, o filme também conta com uma ótima trilha sonora que vai de músicas desde Dua Lipa até Whitney Hounston. É importante dar crédito para Nick Robinson que é dono de uma atuação oscilante e poderia ser uma aposta arriscada para o filme já que o ator fez papéis bons e ruins, mas Simon foi um grande acerto e a emoção foi passada para o personagem excepcionalmente bem.

Com Amor, Simon é um romance jovem e clichê, mas que ainda assim não é chato. É uma ótima experiência para que jovens se identifiquem com um tema tão pouco abordado nos filmes e também para que adultos tenham uma compreensão maior acerca da questão LGBT. Um bom entretenimento que vale a pena ser assistido.

Texto por Fabricio Belvederesi