Crítica – Aliados

Não é um Sr. e Sra. Smith

Em uma missão para eliminar um embaixador nazista em Casablanca, no Marrocos, os espiões Max Vatan (Brad Pitt) e Marianne Beausejour (Marion Cotillard) se apaixonam perdidamente e decidem se casar. Os problemas começam anos depois, com suspeitas sobre uma conexão entre Marianne e os alemães. Intrigado, Max decide investigar o passado da companheira e os dias de felicidade do casal vão por água abaixo.

No filme temos um a gente infiltrado para executar um alvo e no meio dessa missão ele faz contato com uma mulher com mesmo objetivo, após concluir a missão ambos se casam. Tem Brad Pitt, mas não a Angelina Jolie e o filme não é Sr. e Sra. Smith. Com um enredo parecido de começo, o filme consegue atrair bem o público após a revelação de seu mistério de Marianne ser uma a gente dupla.

Desde o começo do filme podemos perceber uma boa química entre os personagens Max e Marianne, o filme é basicamente interação entre ambos. O filme começa a ficar tenso a partir do momento em que a informação da esposa de Max é dada. O filme consegue trabalhar isso muito bem deixando o espectador especulando se Marianne é ou não uma espiã.

Um problema existente no filme são as cenas que mostram paisagens. É notável o uso de efeitos especiais, mas em um nível que incomoda e não convence, principalmente nas cenas no deserto.

O personagem de Brad Pitt é um genérico a partir do terceiro ato do filme, um cara sério que está lá para cumprir sua missão e usa o seu charme para tentar se dar bem. O mesmo se aplica ao de Marion Cotillard, já a vimos interpretar mulheres fortes em muitos filmes, nesse não é diferente. Ela consegue ser fria, sedutora e mortal ao mesmo tempo, mas a partir do terceiro ato essa atitude muda por ter sua filha e ser uma dona de casa enquanto seu marido trabalha.

O mistério existente no filme é o que chama o espectador, com algumas partes que se arrastam, Aliados consegue emocionar e impressionar em muitas cenas, principalmente no final.

Aliados já está nos cinemas.