Review – ELEX

Fantasia e ficção científica se encontram!

Elex é o mais novo RPG massivo de mundo aberto da Piranha Bytes, um projeto completamente original que tenta fundir elementos de fantasia com ficção científica. Explorar uma terra devastada num cenário pós-apocalíptico é a principal missão dos jogadores, bem como lutar contra criaturas mutantes e sobreviver às mais aversivas situações.

O plano de fundo é o universo de Magalan, uma utopia tecnológica que foi devastada por um enorme cometa. Entre o cometa foi encontrado um elemento valioso, o Elex, que permitiu criar nova tecnologia e até formas de “magia”. Por ser  viciante, mas também tóxico, esse elemento fez com que muitos se tornassem mutantes. A partir desde novo contexto mundial ergueram-se quatro fações: Outlaws, Clerics, Berserkers, e Albs; cada um com suas próprias características e sua própria visão de como o Elex deve ser usado.

Na pele de Jax, um antigo comandante das forças especiais dos Albs, que foi condenado à morte depois de ter falhado uma missão que iria “mudar o destino de Magalan”, o jogador deve traçar sua jornada em busca de sua sobrevivência e redenção, procurando se unir a uma das outras facções.

A exploração é um dos principais componentes em Elex, uma vez que há uma grande variedade de ambientes a seres explorados como florestas, desertos e ruínas vulcânicas.  Certamente a ambientação do game situa-se entre algo semelhante à The Witcher 3 e Fallout: há momentos em que batalhamos com inimigos dotados de armas tecnológicas e outros em que encontramos aranhas gigantes e dinossauros.

O progresso do personagem funciona de forma simples, o jogador sobe de nível conforme elimina inimigos e cumpre missões. Ao subir de nível, ganha-se 10 pontos de atributos, que podem ser distribuídos das mais diversas formas. É possível aumentar a capacidade do inventário, tipos de habilidades, e outras vantagens. Também pode desenvolver as capacidades de combate, sobrevivência, criação de itens, e personalidade, dependendo de missões completadas e até conversas com outros personagens.

Além disso, há uma vasta disponibilidade de opções para o combate. Desde espadas a lança-chamas, arcos e flecha a lança-mísseis, o jogador é que deverá definir seu estilo de jogo. Habilidades especiais podem ser utilizadas para criar escudos, invocar drones, ou arremessar grandes ondas de choque. O jetpack também é um excelente recurso disponível, facilitando bastante a locomoção.

O combate é até divertido, mas existe uma série de falhas com relação à execução. Fica clara a influência da série Souls no sistema de desvio dos ataques e no constante cuidado que o jogador deve ter com a energia do personagem em batalha. De modo geral, as mecânicas de combate são bastante atrapalhadas, visto que o equilíbrio entre as ações e o consumo de energia não é tão preciso.

Há também uma série de problemas técnicos, falhas de renderização e bugs que prejudicam seriamente a experiência de jogo e a imersão. As animações das personagens não são bem trabalhadas e a trilha sonora também não impressiona.

Em síntese, Elex nos apresenta uma interessante narrativa de fantasia e ficção científica em mundo aberto, bem como boas e variadas mecânicas de combate. É uma pena, porém, que a execução tenha deixado a desejar. O combate e as animações necessitam urgentemente de atualizações e melhorias, para que o jogador tenha uma melhor experiência e imersão.

ELEX já está disponível para PC, PS4 e Xbox One.
Está análise foi feita através de uma cópia cedida pela plataforma GOG.com

Letícia Motta

Huge nerd. Apaixonada por eSports, JRPG's e ficção científica. Passa as horas vagas nos videogames e PC.